quinta-feira, 3 de junho de 2010
O amor e eu...
Odeio ser como sou.
Odeio saber que não existe príncipe encantando, mas viver a espera dele.
Odeio achar que todo mundo encontra o cara certo menos eu.
Odeio tentar mostrar para as pessoas como sou legal.
Odeio quando as pessoas falam que qualquer hora encontro uma pessoa bacana.
Odeio quando alguém me acha carente.
Odeio quando as pessoas me acham encalhada.
Odeio quando as pessoas me acham namoradeira.
Odeio quando as pessoas querem me arrumar um namorado.
Odeio quando eu acho que encontrei o cara certo.
Odeio o jeito como eu encaro as coisas...
Pois foi assim:
Acredito que da época da minha adolescência, eu tenha sido uma das ultimas a ter beijado. Por falta de opção? Não. Porque eu era adolescente, que tinha muitos outros objetivos e interesses, além de namorado. Queria estudo, amigos, pipoca, cinema, Malhação, igreja, etc,etc,etc.
Acreditava que na hora certa eu encontraria alguém legal, e se não encontrasse, eu seguiria feliz. Por que fui mudar de idéia???????????
Faltando 1 mês para meus 18 anos, sem eu saber por quê, estava começando um namoro com o cara que eu achava ser O cara da minha vida. No começo da adolescência ele havia me pedido em namoro, mas eu não aceitei. Daí por diante foram anos das pessoas falando que éramos feitos um para o outro. Um belo dia, do nada, estávamos juntos, usando óculos igual, camiseta igual, papete igual. Adorávamos quando as pessoas falavam que a gente combinava.
Terminou em 02 meses e anos depois ele virou gay. De grande amigo, passou a ser um desconhecido.
Tempo depois, sem saber como nem por quê, comecei a namorar um rapaz que eu realmente achava que não daria certo (já que da primeira vez eu achava que tudo seria perfeito, desta vez preferi me precaver). Foram 03 dias de convivência e já estávamos juntos. Passaram-se dias, meses, anos...e lá estavamos nós: rindo, viajando, fazendo planos. E todo mundo gostava dele... mas (sempre tem um MAS) eu não estava pronta para casar aos 21. Estava no meu primeiro emprego registrado, no meio da faculdade, cheia de sonhos, querendo sair com amigos...e também ele não era muito firme na igreja. Pronto. Isto foi o suficiente para eu deixá-lo ir embora.
Apartamento sendo comprado, meu enxoval sendo feito...fim. Ele queria casar, mas eu não naquele momento.
Atualmente ele está se prerando para casar. Deve ter encontrado a mulher da vida dele. Deve ser feliz. Deve estar contando os dias para se casar.
E eu me lembrando de como poderia ter dado certo. De como a gente podia ter sido feliz. De como ele me tratava bem, e como as coisas certas acontecem na hora errada. Mas se foi, e acabou.
Bem, então, quando eu estava tentando me aproximar de Deus, e colocar as idéias no lugar, comecei a achar um rapaz da igreja lindo, inteligente, responsável... Eu o vi a vida inteira, e nunca fomos de grandes conversas, devido as nossas diferenças: eu toda espivitada, ele sério. Eu querendo fazer culto de jovens na praia, ele querendo fazer vigilia na igreja. Eu querendo avivamento, ele achando nada a ver. Eu pulando nos louvores, ele mal batendo palma, rs. Daí ficamos juntos, uns 11 anos depois desta convivência.
Passaram-se dias, meses, anos...e? Brigávamos. Sim. Todo dia, toda hora, em todo lugar. Então minha mãe começou a implicar, meu pai a brigar, eu a me cansar, ele a chorar...e eu chorar. Terminou.
Não, desta vez eu tentei. Sim, e muito mais do que nas outras vezes. Reclamei menos, aguentei mais, me esforcei mais. Eu passei muitas coisas sozinha, não pedi ajuda de ninguém. Valorizava os momentos bons e tentava esquecer os ruins. Tudo o que eu fiz de errado no relacionamento anterior eu tentei acertar neste. Errei? Sim, muitas vezes, mas também lutei para dar certo. Não deu.
Sinto saudade. Me lembro dos momentos bons. Em como a gente arrumava as coisas das crianças juntos (eu não sei se ele gostava, mas eu me divertia em vê-lo reclamando dos intermináveis papéis das crianças para arrumar na pasta, hahaha), a gente correndo de manhã para alcançar o ônibus no ponto (eu atravessava a rua correndo, puxando-o pelo braço, e rindo), ele me incentivando com as aulas... foram tantos momentos ruins e difíceis, mas eu tentava lembrar dos bons, dos engraçados, dos divertidos...
Após 1 ano e 09 meses, acabou.
Ainda o acho lindo. Ainda sinto saudade do abraço, da cumplicidade, mas não sinto saudade das brigas, das tristezas, das angústias, dos ciúmes, das desconfianças.
E hoje? Hoje estou ha 06 meses sozinha. E me sentido o ser mais sozinho do universo. Por mais que eu saiba que Deus tem nas mãos Dele todas as coisas, eu cansei de esperar. Cansei de tentar acertar. Cansei de chorar. Cansei de me sentir sozinha. cansei de tentar encontrar alguém.
Eu não tenho vontade de preparar aulas, de estudar...eu trabalho muito pra não sobrar tempo para pensar. Saio para espairecer. Pinto as unhas, faço hidratação no cabelo, compro roupas novas...mas nada tem graça se não há alguém que nos faça feliz para dizer: Como você está linda, meu amor.
Por que sou tão idiota??? Por que tenho que ouvir Alpha e chorar por quem não vem? Porque tenho que sentar na cama, linda, arrumada, perfumada, e me sentir tão sozinha?
Por que tenho que ligar o MSN só pra falar com alguém, alguma amiga, e saber que está tudo bem?
Mas as amigas sumiram. Os amigos também. Eles aparecem quando precisam de mim para alguma coisa, ou quando vêem algum curso para fazer.
Não, não quero mais cursos para fazer por enquanto (estou há 21 anos estudando sem parar). Não quero mais trabalho, já tenho o bastante.
Eu quero aprender a viver sozinha. Estudar, trabalhar e fazer tudo o que eu tiver para fazer com alegria, vivendo um dia de cada vez. Não quero me lembrar de amor. Não quero esperar ser amada (porque já sou amada por Deus, pelo meu pai, mãe, avó).
Quero ser feliz com o que tenho ao meu redor, sem esperar por nada mais. Quero deixar as lágrimas de lado e ser feliz. Sem príncipe, já que parece que ele não vem.
É só isto que eu quero. Ser feliz. Hoje. Agora. Já.
Aprender a viver. Olhar a vida com outros olhos.
Eu juro que estou tentando. Já rasguei fotos, apaguei e-mails, cartões, orei, pedi ajuda para Deus, entreguei o comando de tudo nas mãos Dele. Mas este silêncio me dói, e dói... e como dói.
Odeio ser como sou.
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