segunda-feira, 29 de dezembro de 2008
Fim de ano
Está acabando mais um ano. As ruas, a empresa, as pessoas, os programas de tv...tudo em clima de final de ano. Lá fora, aqui dentro de mim...tudo está em contagem regressiva.Engraçado como tem gente que não entra neste clima!
Todo ano fico um pouco bagunçada nesta época. Começo a fazer planos pro ano que vai entrar, a pensar no que fiz no ano que passou, pensar no que preciso melhorar, agradecer à Deus por tudo de bom, penso no que eu aprendi, se evolui, faço a fatídica faxina anual, e deixo espaço pro novo vir.
Sim, final de mais um ano: ano de lutas,mas de conquistas! :) :) :)
Minha Lolinha morreu, sinto a falta dela; estou quase formada (falta pouco. Ai ai ai); namorido novo; efetivada na Siemens... muitas águas rolaram e espero que muita coisa boa aconteça neste novo ano
BEM- VINDO 2009!
"Todos nossos sonhos serão verdade, o futuro já começou! Hoje a festa é sua, hoje a festa é nossa, é de quem quiser, quem vier!"
( ué, acho bonitinha esta música de final de ano da Globo, rs.)
Feliz ano novo!
http://bloglog.globo.com/blog/post.do?act=loadSite&id=6945&permalink=true
(fui a uma reunião do Projeto Sorrir. Amei!!!! Lá tocou esta música, que eu achei no Blog do Toquinho. Coisa mais fofa. Deixo aqui postado)
bj
segunda-feira, 22 de dezembro de 2008
Bolinha de Sabão
sexta-feira, 19 de dezembro de 2008
Eu sabia!
Há um tempo atrás,num momento de desilusão, escrevi aqui que os contos de fadas deveriam ser proibidos. Hoje li uma reportagem dizendo que as comédias românticas são prejudiciais!!!
Vai ver que esta é a raíz dos meus problemas...adoro contos de fadas e comédias românticas! :(
Abaixo a reportagem:
16/12/2008 - 08h11
Comédias românticas prejudicam vida afetiva, diz estudo
Da BBC Brasil
Assistir a comédias românticas ou ler revistas femininas e masculinas pode prejudicar a vida amorosa e afetiva, afirma uma pesquisa da Heriot-Watt University, em Edimburgo, divulgada nesta quarta-feira.
Segundo os cientistas do Laboratório de Relações Pessoais e de Família da universidade, os filmes e as revistas mostram situações idealizadas, distantes da realidade de seu público, criando expectativas que não serão correspondidas.
A equipe liderada pelos psicólogos Bjarne Holmes e Kimberly Johnson estudou 40 das comédias românticas mais assistidas entre 1995 e 2005, além das revistas, e concluiu que elas trazem um tema comum: a idéia de uma "alma gêmea", que estamos todos predestinados a conhecer e que deveria nos conhecer instintivamente tão bem que poderiam "quase ler nossas mentes".
Depois de estudar os filmes, os pesquisadores pediram a centenas de pessoas que respondessem a um questionário descrevendo suas crenças e expectativas sobre seus relacionamentos.
Segundo os cientistas, os fãs de filmes como "Mensagem para você", "O Casamento dos meus sonhos" e "Enquanto você dormia" normalmente não conseguem se comunicar efetivamente com seus parceiros. Para Holmes, as conclusões podem ter implicações profundas em nossas vidas.
"Terapeutas de casais vêem com freqüência casais que acreditam que os homens e as mulheres querem coisas bem diferentes de suas relações, que o sexo deve ser perfeito sempre, e que se uma pessoa foi 'feita para você', então ela vai saber o que você quer, sem que você precise comunicá-lo."
"Agora temos algumas evidências que sugerem que a mídia popular tem um papel em perpetuar essas idéias na mente das pessoas." Para Holmes, a pesquisa descobriu uma verdade pouco confortável: "o problema é que enquanto que a maioria de nós sabe que a idéia de um relacionamento perfeito não é realista, alguns de nós somos mais influenciados pelas imagens mostradas na mídia do que nos damos conta."
"Os filmes capturam a excitação de um novo relacionamento, mas eles também sugerem, erradamente, que a confiança e o amor comprometido existem a partir do momento em que as pessoas se conhecem, enquanto que essas qualidades, normalmente, levam anos para se desenvolver", diz Kimberly Johnson.
Os pesquisadores agora pretendem lançar uma pesquisa global sobre a influência da mídia nos relacionamentos, e pedem aos interessados que participem respondendo a um questionário pela Internet.
http://cienciaesaude.uol.com.br/ultnot/bbc/2008/12/16/ult4432u1907.jhtm
Vai ver que esta é a raíz dos meus problemas...adoro contos de fadas e comédias românticas! :(
Abaixo a reportagem:
16/12/2008 - 08h11
Comédias românticas prejudicam vida afetiva, diz estudo
Da BBC Brasil
Assistir a comédias românticas ou ler revistas femininas e masculinas pode prejudicar a vida amorosa e afetiva, afirma uma pesquisa da Heriot-Watt University, em Edimburgo, divulgada nesta quarta-feira.
Segundo os cientistas do Laboratório de Relações Pessoais e de Família da universidade, os filmes e as revistas mostram situações idealizadas, distantes da realidade de seu público, criando expectativas que não serão correspondidas.
A equipe liderada pelos psicólogos Bjarne Holmes e Kimberly Johnson estudou 40 das comédias românticas mais assistidas entre 1995 e 2005, além das revistas, e concluiu que elas trazem um tema comum: a idéia de uma "alma gêmea", que estamos todos predestinados a conhecer e que deveria nos conhecer instintivamente tão bem que poderiam "quase ler nossas mentes".
Depois de estudar os filmes, os pesquisadores pediram a centenas de pessoas que respondessem a um questionário descrevendo suas crenças e expectativas sobre seus relacionamentos.
Segundo os cientistas, os fãs de filmes como "Mensagem para você", "O Casamento dos meus sonhos" e "Enquanto você dormia" normalmente não conseguem se comunicar efetivamente com seus parceiros. Para Holmes, as conclusões podem ter implicações profundas em nossas vidas.
"Terapeutas de casais vêem com freqüência casais que acreditam que os homens e as mulheres querem coisas bem diferentes de suas relações, que o sexo deve ser perfeito sempre, e que se uma pessoa foi 'feita para você', então ela vai saber o que você quer, sem que você precise comunicá-lo."
"Agora temos algumas evidências que sugerem que a mídia popular tem um papel em perpetuar essas idéias na mente das pessoas." Para Holmes, a pesquisa descobriu uma verdade pouco confortável: "o problema é que enquanto que a maioria de nós sabe que a idéia de um relacionamento perfeito não é realista, alguns de nós somos mais influenciados pelas imagens mostradas na mídia do que nos damos conta."
"Os filmes capturam a excitação de um novo relacionamento, mas eles também sugerem, erradamente, que a confiança e o amor comprometido existem a partir do momento em que as pessoas se conhecem, enquanto que essas qualidades, normalmente, levam anos para se desenvolver", diz Kimberly Johnson.
Os pesquisadores agora pretendem lançar uma pesquisa global sobre a influência da mídia nos relacionamentos, e pedem aos interessados que participem respondendo a um questionário pela Internet.
http://cienciaesaude.uol.com.br/ultnot/bbc/2008/12/16/ult4432u1907.jhtm
terça-feira, 16 de dezembro de 2008
segunda-feira, 15 de dezembro de 2008
O que te deixa feliz?
Muitas coisas me deixam feliz. Neste final de semana, por exemplo, aconteceram muitas coisas chatas, mas quando eu estava com as crianças da igreja, me esqueci de tudo, e fiquei realmente feliz. :)
É muito legal estar com elas. Vê-las ali todas felizes porque vão para o cultinho, sentadinhas uma ao lado da outra, rindo e fazendo careta. Tem coisa mais cuti? Ow, fofinhos! :)
Prometo em breve colocar fotinhos deles!
Eu não sei se eu já disse, mas sol e vento, ao mesmo tempo, me deixa feliz também. Tenho cisma com vento. Sempre acho que é assim que Deus se mostra, sei lá. Só sei que estar no sol e sentir um ventinho, balançando minha cabeleira, me dá uma ótima sensação.
Rir, com amigos, também me alegra.
Ficar abraçadinha com o namorido também :)
Ver uma comédia romântica, beeem dona maria, e depois tomar sorvete no MC também é uma boa.
Ir para a igreja e ficar com os irmãos. Muito bom.
Reunir o pessoal da igreja, violões e louvar. Inigualável!!! Me deixa radiante!!!! :)
Viajar
Sair com roupa fresquinha, com óculos de sol, e conversar com amigos
Ouvir AQUELAS músicas
Ler um bom livro
Ensinar
Aprender
USP
Assistir uma peça de teatro com os amigos
Alguém mostrar um gesto de carinho quando eu menos espero
Sarau
Dançar
Louvar ao Senhor
(Sim! A lista é gigante...eu ficaria escrevendo um montão sobre o que me deixa feliz!)
Apesar dos contratempos,siiiim, sou uma pessoa feliz!!!! :D
E você? O que te deixa feliz?
É muito legal estar com elas. Vê-las ali todas felizes porque vão para o cultinho, sentadinhas uma ao lado da outra, rindo e fazendo careta. Tem coisa mais cuti? Ow, fofinhos! :)
Prometo em breve colocar fotinhos deles!
Eu não sei se eu já disse, mas sol e vento, ao mesmo tempo, me deixa feliz também. Tenho cisma com vento. Sempre acho que é assim que Deus se mostra, sei lá. Só sei que estar no sol e sentir um ventinho, balançando minha cabeleira, me dá uma ótima sensação.
Rir, com amigos, também me alegra.
Ficar abraçadinha com o namorido também :)
Ver uma comédia romântica, beeem dona maria, e depois tomar sorvete no MC também é uma boa.
Ir para a igreja e ficar com os irmãos. Muito bom.
Reunir o pessoal da igreja, violões e louvar. Inigualável!!! Me deixa radiante!!!! :)
Viajar
Sair com roupa fresquinha, com óculos de sol, e conversar com amigos
Ouvir AQUELAS músicas
Ler um bom livro
Ensinar
Aprender
USP
Assistir uma peça de teatro com os amigos
Alguém mostrar um gesto de carinho quando eu menos espero
Sarau
Dançar
Louvar ao Senhor
(Sim! A lista é gigante...eu ficaria escrevendo um montão sobre o que me deixa feliz!)
Apesar dos contratempos,siiiim, sou uma pessoa feliz!!!! :D
E você? O que te deixa feliz?
terça-feira, 9 de dezembro de 2008
Acabou!
Hoje já é dia 09 de dezembro, e... já entreguei todos os trabalhos da faculdade! Sim minha gente, apresentei seminários, fiz as regências, fiz os relatórios, e... é isso. Então,não há mais o que fazer, senão esperar até dia 19 para ver minhas notas e então me considerar a mais nova formada no curso de Letras ( e professora de português e espanhol!)
Engraçado isso. Foquei os meus dias para fazer uma faculdade: aos 14/15 anos eu já esperava o momento para fazer cursinho pré-vestibular. Aos 16 fui ao Cursinho da Poli, onde passei os momentos mais intensos da minha vida. Neste período aprendi a resolver as coisas sozinha; aprendi que eu não era mais criança, que eu podia ter relacionamento com pessoas diferentes, sem nenhum problema; aprendi com o convívio com pessoas vindas de todos os cantos, de todas as idades, com histórias diferentes; aprendi a ser mais focada e lutar por um objetivo; aprendi a perseverar em oração e confiar em Deus.Aos 17, uhuuuuu! USP!!! E lá conheci pessoas e lugares com os quais eu me identifiquei muuuuito. Parecia que eu tinha nascido para tudo aquilo! :) AS pessoas despenteadas, cabelos enrolados, barba, papete, conversando sobre um monte de coisas doidas,MPB, pol;itica, literatura... ai, quantas lembranças!
Aprendi muito, de todos os modos, e cresci e amadureci, como pessoa, como profissional, como mulher.
Agora, dia 09/12/08, vejo que tudo passa. Claro que o que ficou em mim, carregarei para sempre, mas aqueles momentos bacanas, agora fazem parte da lembrança (assim como foi no pré, na escola, no cursinho, nos cursos...). A vida passa!
Por enquanto, nào tenho muito a dizer. Apenas estou descobrindo os momentos de "nada para fazer". Ontem fiquei em casa, conversei com a minha mãe, e finalmente fiquei um pouco na casa da minha avó ( o que eu queria fazer há um tempo e nunca fazia!), comecei a ler um livro, dormi cedo.
Vamos ver o que irei fazer daqui pra frente. Querendo ou não, estou entrando numa nova fase da minha vida.
E seja o que o Senhor quiser.
Quem sobreviver verá! ;)
ps: engraçado ter um blog. Fica mais evidente o quanto me preocupo com coisas simples. Na hora, tudo me parece imenso, mas depois que passa, percebo que é mais ansiedade do que outra coisa. Legal isto. Terapia virtual, rsrsrs
Vou tentar ser menos ansiosa, e ousar mais ( xiii, comecei as promessas de final de ano, rsrsrs)
Beijos, abraços e aperto de mão
Da mais nova professora
Srta. Thatiana :)
ah, sim. Estas duas nas fotos acima sou eu. Mudei muito? :*
terça-feira, 2 de dezembro de 2008
O que me instiga a viver, é a idéia da liberdade. Poder viajar com a minha imaginação, e acreditar que tudo é possivel.
Pensar na natureza, numa linda paisagem, eu sentada em frente ao mar, sentindo a brisa movimentar o meu cabelo, ou um lindo pôr-do-sol. Pensar na Europa que eu não vi, na Espanha que eu não conheci, na Alemanha que ainda não fui... nas pessoas, nos costumes, nas culturas...
Música, sentimentos, amores, vida.
Estudos, aprendizagem,conhecimentos, sonhos.
Estrada com vaquinhas e gramas como paisagem, e meu pensamento distaaaante, num pseudo transe.
Sorriso, amigos, dança, xaropação
Crianças e sua doce inocência, a curiosidade de cada olhar ser uma descoberta.
Tá aí. É isto que quero pra mim.
tenho medo de pensar que um dia, ao olhar para mim, eu possa ver um poço vazio, sem vida, sem brilho, sem canto. Sem ideais, sem perspectivas, sem causa de luta.
Ultima semana de aula, eu surtando com tantas coisas para fazer, exausta, com muitas coisas me chateando, o ano acabando... e eu sem saber que rumo tomar.
Procuro caminho de felicidade, de paz, de alegria. Mas, como uma amiga uma vez me disse, não há o lugar onde chegar, senão o próprio caminho.
Então...se for assim, que este caminho seja de flores, de gozo e alegria. De paz e conquistas.
Quero explorar o céu e a terra. Conhecer terras distantes, espalhar o que carrego de mais precioso comigo: o amor e a esperança de Jesus,e o brilho que ainda me resta no olhar.
Que meus braços estejam hábeis para trabalhar, meu coração disposto a amar.
Dezembro, já chegou...e eu?!?!? Bem, eu? Ah, nem sei.
quarta-feira, 26 de novembro de 2008
Música do dia
Gosto muuuuuuuuuuuuuito dessa música da Cyndi Lauper (aliás, não fui ao show dela, snif)
True Colors
You with the sad eyes
Don't be discouraged
Oh I realize
It's hard to take courage
In a world full of people
You can lose sight of it all
And the darkness inside you
Can make you feel so small
But I see your true colors
Shining through
I see your true colors
And that's why I love you
So don't be afraid to let them show
Your true colors
True colors are beautiful,
Like a rainbow
Show me a smile then,
Don't be unhappy, can't remember
When I last saw you laughing
If this world makes you crazy
And you've taken all you can bear
You call me up
Because you know I'll be there
And I see your true colors
Shining through
I see your true colors
And that's why I love you
So don't be afraid to let them show
Your true colors
True colors are beautiful,
Like a rainbow
I can't remember
When I last saw you laughing
If this world makes you crazy
And you've taken all you can bear
You call me up
Because you know I'll be there
And I see your true colors
Shining through
I see your true colors
And that's why I love you
So don't be afraid to let them show
Your true colors, true colors
True colors are shining through
I see your true colors
And that's why I love you
So don't be afraid to let them show
Your true colors
True colors are beautiful,
Like a rainbow
True Colors
You with the sad eyes
Don't be discouraged
Oh I realize
It's hard to take courage
In a world full of people
You can lose sight of it all
And the darkness inside you
Can make you feel so small
But I see your true colors
Shining through
I see your true colors
And that's why I love you
So don't be afraid to let them show
Your true colors
True colors are beautiful,
Like a rainbow
Show me a smile then,
Don't be unhappy, can't remember
When I last saw you laughing
If this world makes you crazy
And you've taken all you can bear
You call me up
Because you know I'll be there
And I see your true colors
Shining through
I see your true colors
And that's why I love you
So don't be afraid to let them show
Your true colors
True colors are beautiful,
Like a rainbow
I can't remember
When I last saw you laughing
If this world makes you crazy
And you've taken all you can bear
You call me up
Because you know I'll be there
And I see your true colors
Shining through
I see your true colors
And that's why I love you
So don't be afraid to let them show
Your true colors, true colors
True colors are shining through
I see your true colors
And that's why I love you
So don't be afraid to let them show
Your true colors
True colors are beautiful,
Like a rainbow
terça-feira, 25 de novembro de 2008
Páaaaaaaaaaaara tudo!
Estou ha uma semana do fim do curso, daí estarei formada, se Deus quiser.
Eu não agueeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeento mais escrever textos, e mais textos, e mais textos, toda semana! Tô exausta de ficar fazendo relatórios. Já escrevi sobre tudo o que você possa imaginar sobre escola: relação aluno-professor, prática docente, avaliação, progressão continuada, ensino de língua estrangeira, evasão, leitura, ensino de gramática,literatura,redação,autoridade, direção, secretaria, projeto político pedagógico, sequencia didática, plano de aula, e etc, etc, etc... ahhhhhhhhhhhh, tudo ao mesmo tempo!
Pára o curso que eu quero descer!!!!
cansada,cansada,cansada,cansada,cansada,cansada!!!
sexta-feira, 21 de novembro de 2008
Começo do fim ( ou é o fim do começo?)
Quarta-feira começaram as despedidas. Ultimo dia de aula na turma de Metodologia do Espanhol! Sim, nesta turma estava a galera que eu via deeeeeesde o começo da faculdade.
Foi meio triste a professora agradecendo pelo curso, a gente se despedindo...snif,snif. Geeeeeeeeeeeeeente, tudo indica que já sou uma professora de espanhol, formada!!!
Antes da aula, fui encontrar a Gláucia. Sabe aquelas pessoas que não passam sem ser notadas? Que marcam sua vida? Então, esta é a Glaucia!!! Ela é tipo uma irmã mais velha...toda vez que penso: preciso ser determinada, posso alcançar um lugar mais alto, daí, lembro da Glaucia! :)
Ahhhhhhh, ela está indo pra Alemanha na próxima semana, por 04 looongos anos, fazer o doutorado. Quando ela voltar, teremos muuito o que conversar!
Mas quem sabe eu a visite antes disso, lá na Alemanha?!?!?!? Huuuummm...quem estiver por aí, verá!
Bjkas
ps: uhuuuuuuuu, é sexta!
Foi meio triste a professora agradecendo pelo curso, a gente se despedindo...snif,snif. Geeeeeeeeeeeeeente, tudo indica que já sou uma professora de espanhol, formada!!!
Antes da aula, fui encontrar a Gláucia. Sabe aquelas pessoas que não passam sem ser notadas? Que marcam sua vida? Então, esta é a Glaucia!!! Ela é tipo uma irmã mais velha...toda vez que penso: preciso ser determinada, posso alcançar um lugar mais alto, daí, lembro da Glaucia! :)
Ahhhhhhh, ela está indo pra Alemanha na próxima semana, por 04 looongos anos, fazer o doutorado. Quando ela voltar, teremos muuito o que conversar!
Mas quem sabe eu a visite antes disso, lá na Alemanha?!?!?!? Huuuummm...quem estiver por aí, verá!
Bjkas
ps: uhuuuuuuuu, é sexta!
terça-feira, 18 de novembro de 2008
Quase todas as vezes que escrevo por aqui, falo sobre o tempo. Acho que este ano está propício à isto, ainda mais agora, como o final do semestre.
A verdade é que se eu não tomar cuidado, fico maluca com esta história de tempo.
Tenho pensado sobre isto, e revendo meus conceitos...
Queria poder viajar. Aquele momento de ficar na estrada olhando para o nada me faz bem. Novas experiências, respirar novos ares, ficar imaginando o que irei encontrar, refletir sobre mim.... bem, vamos ver se faço isto, num dia desses.
No churras da facul foi bem legal quando a Vânia, o marido dela e eu paramos pra tomar sorvete e também quando ficamos cantando no carro. Sair por aí com os amigos (namorado,parente, enfim...) também me faz muito bem :)
Hoje, quero deixar por aqui a letra de uma música que gosto bastante, e tem bastante a ver comigo. Aí vai:
PACIÊNCIA
Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede um pouco mais de alma
A vida não para
Enquanto o tempo acelera e pede pressa
Eu me recuso faço hora vou na valsa
A vida é tão rara
Enquanto todo mundo espera a cura do mal
E a loucura finge que isso tudo é normal
Eu finjo ter paciência
O mundo vai girando cada vez mais veloz
A gente espera do mundo e o mundo espera de nós
Um pouco mais de paciência
Será que é o tempo que lhe falta pra perceber
Será que temos esse tempo pra perder
E quem quer saber
A vida é tão rara
Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma
Mesmo qundo o corpo pede um pouco mais de alma
Eu sei, a vida não para... a vida não para não!!!!
bjs,
Thati ;)
A verdade é que se eu não tomar cuidado, fico maluca com esta história de tempo.
Tenho pensado sobre isto, e revendo meus conceitos...
Queria poder viajar. Aquele momento de ficar na estrada olhando para o nada me faz bem. Novas experiências, respirar novos ares, ficar imaginando o que irei encontrar, refletir sobre mim.... bem, vamos ver se faço isto, num dia desses.
No churras da facul foi bem legal quando a Vânia, o marido dela e eu paramos pra tomar sorvete e também quando ficamos cantando no carro. Sair por aí com os amigos (namorado,parente, enfim...) também me faz muito bem :)
Hoje, quero deixar por aqui a letra de uma música que gosto bastante, e tem bastante a ver comigo. Aí vai:
PACIÊNCIA
Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede um pouco mais de alma
A vida não para
Enquanto o tempo acelera e pede pressa
Eu me recuso faço hora vou na valsa
A vida é tão rara
Enquanto todo mundo espera a cura do mal
E a loucura finge que isso tudo é normal
Eu finjo ter paciência
O mundo vai girando cada vez mais veloz
A gente espera do mundo e o mundo espera de nós
Um pouco mais de paciência
Será que é o tempo que lhe falta pra perceber
Será que temos esse tempo pra perder
E quem quer saber
A vida é tão rara
Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma
Mesmo qundo o corpo pede um pouco mais de alma
Eu sei, a vida não para... a vida não para não!!!!
bjs,
Thati ;)
sexta-feira, 14 de novembro de 2008
fotos do Churras!
quinta-feira, 13 de novembro de 2008
segunda-feira, 10 de novembro de 2008
Estamos em novembro!
Hoje já é dia 10 de novembro!!! O tão esperado mês de outubro já acabou, as lojas já estão enfeitadas para o natal, e eu até já comi um panetone!
Estou me esforçando para terminar todos os trabalhos da faculdade, com as aulas do estágio de espanhol quase no fim, e eu já estou morrendo de saudades! :(
Fui efetivada no serviço ( uhuuuuuuuuuuu)!!! Mudei de setor, de andar, de função... vida nova, desafios novos. :) :) :) Obrigadaaaaaaaaaaaaaaaa Jesus!!!!!
Já passou também o churrasco da formatura, assim que eu tiver alguma foto, coloco por aqui. Aliás, preciso comprar uma camera digital!
Nesta semana há bastante coisas legais acontecendo: a tão esperada feira do livro lá da faculdade, com livros a 70% de desconto!!!, congresso Paixão, Fogo e Glória (ehhhhhh!), e a Festa dos Tabernáculos, na igreja da pastora Valnice. Gosto muuuuuuuuuuuuuito disto tudo, e espero o ano todo para participar!
Tem também o show da Cindy Lauper, que eu queria taaaaaaaanto ir, tanto, tanto...mas acaba tarde e não tenho carro para vir embora. E ninguém qur ir comigo! :s
Bem, de resto... o Senhor tem cuidado de mim!
Sentimentalmente, na batalha, mas Deus vai me dar a vitória!
ah, minhas melhores amigas começaram novos namoros!!!! Que elas sejam felizeeeees!
Em breve, mais novidades!
Inté ;)
Estou me esforçando para terminar todos os trabalhos da faculdade, com as aulas do estágio de espanhol quase no fim, e eu já estou morrendo de saudades! :(
Fui efetivada no serviço ( uhuuuuuuuuuuu)!!! Mudei de setor, de andar, de função... vida nova, desafios novos. :) :) :) Obrigadaaaaaaaaaaaaaaaa Jesus!!!!!
Já passou também o churrasco da formatura, assim que eu tiver alguma foto, coloco por aqui. Aliás, preciso comprar uma camera digital!
Nesta semana há bastante coisas legais acontecendo: a tão esperada feira do livro lá da faculdade, com livros a 70% de desconto!!!, congresso Paixão, Fogo e Glória (ehhhhhh!), e a Festa dos Tabernáculos, na igreja da pastora Valnice. Gosto muuuuuuuuuuuuuito disto tudo, e espero o ano todo para participar!
Tem também o show da Cindy Lauper, que eu queria taaaaaaaanto ir, tanto, tanto...mas acaba tarde e não tenho carro para vir embora. E ninguém qur ir comigo! :s
Bem, de resto... o Senhor tem cuidado de mim!
Sentimentalmente, na batalha, mas Deus vai me dar a vitória!
ah, minhas melhores amigas começaram novos namoros!!!! Que elas sejam felizeeeees!
Em breve, mais novidades!
Inté ;)
segunda-feira, 27 de outubro de 2008
Preparação para formatura!
sexta-feira, 24 de outubro de 2008
Vinte e tantos anos...
E hoje é sexta-feira! Mais uma semana chega ao fim... semana que vem já é a ultima deste mês!!! :O
Já apresentei o meu pré-projeto ( e a professora gostou!!!!), já preparei a mini-aula ( falta ainda combinar os detalhes com a Lu), já entreguei o meu trabalho de Didática,terminei a maioria dos estágios, já estou começando os trabalhos de espanhol, preciso correr com os de Metodologia do Português e fazer pra ontem o de Política da Educação.
Domingo agora é o niver da minha avó. Semana que vem acaba o meu contrato de estágio...
E a vida cooooooooooooorre! E a gente sobrevive! Uou!
Bem, crises a parte, li este e-mail esta semana, e me identifiquei muuuuuuuuuuuuuuuito, rs. Coloquei-o abaixo:
A Síndrome dos vinte e tantos
A chamam de "crise do quarto de vida".
Você começa a se dar conta de que seu círculo de amigos é menor do que há alguns anos.
Se dá conta de que é cada vez mais difícil vê-los e organizar horários por diferentes questões: trabalho, estudo, namorado(a) etc..
E cada vez desfruta mais dessa cervejinha que serve como desculpa para conversar um pouco.
As multidões já não são "tão divertidas"... E as vezes até lhe incomodam.
E você estranha o bem-bom da escola, dos grupos, de socializar com as mesmas pessoas de forma constante.
Mas começa a se dar conta de que enquanto alguns eram verdadeiros amigos, outros não eram tão especiais depois de tudo.
Você começa a perceber que algumas pessoas são egoístas e que, talvez, esses amigos que você acreditava serem próximos não são exatamente as melhores pessoas que conheceu e que o pessoal com quem perdeu contato são os amigos mais importantes para você.
Ri com mais vontade, mas chora com menos lágrimas e mais dor.
Partem seu coração e você se pergunta como essa pessoa que amou tanto pôde lhe fazer tanto mal.
Ou, talvez, a noite você se lembre e se pergunte por que não pode conhecer alguém o suficiente interessante para querer conhecê-lo melhor.
Parece que todos que você conhece já estão namorando há anos e alguns começam a se casar.
Talvez você também, realmente, ame alguém, mas, simplesmente, não tem certeza se está preparado (a) para se comprometer pelo resto da vida.
Os rolês e encontros de uma noite começam a parecer baratos e ficar bêbado(a) e agir como um(a) idiota começa a parecer, realmente, estúpido.
Sair três vezes por final de semana lhe deixa esgotado(a) e significa muito dinheiro para seu pequeno salário.
Olha para o seu trabalho e, talvez, nao esteja nem perto do que pensava que estaria fazendo. Ou, talvez, esteja procurando algum trabalho e pensa que tem que começar de baixo e isso lhe dá um pouco de medo.
Dia a dia, você trata de começar a se entender, sobre o que quer e o que nao quer.
Suas opiniões se tornam mais fortes.
Vê o que os outros estão fazendo e se encontra julgando um pouco mais do que o normal, porque, de repente, você tem certos laços em sua vida e adiciona coisas a sua lista do que é aceitável e do que não é.
Às vezes, você se sente genial e invencível, outras... Apenas com medo e confuso (a).
De repente, você trata de se obstinar ao passado, mas se dá conta de que o passado se distancia mais e que não há outra opção a não ser continuar avançando.
Você se preocupa com o futuro, empréstimos, dinheiro... E com construir uma vida para você.
E enquanto ganhar a carreira seria grandioso, você não queria estar competindo nela.
O que, talvez, você não se dê conta, é que todos que estamos lendo esse textos nos identificamos com ele. Todos nós que temos "vinte e tantos" e gostaríamos de voltar aos 15-16 algumas vezes.
Parece ser um lugar instável, um caminho de passagem, uma bagunça na cabeça... Mas TODOS dizem que é a melhor época de nossas vidas e não temos que deixar de aproveitá-la por causa dos nossos medos...
Dizem que esses tempos são o cimento do nosso futuro.
Parece que foi ontem que tínhamos 16...
Então, amanha teremos 30?!?! Assim tão rápido?!?!
FAÇAMOS VALER NOSSO TEMPO...
A vida não se mede pelas vezes que você respira, mas sim por aqueles momentos que lhe deixam sem fôlego...
EU ESTOU APROVEITANDO!!!! :)
Já apresentei o meu pré-projeto ( e a professora gostou!!!!), já preparei a mini-aula ( falta ainda combinar os detalhes com a Lu), já entreguei o meu trabalho de Didática,terminei a maioria dos estágios, já estou começando os trabalhos de espanhol, preciso correr com os de Metodologia do Português e fazer pra ontem o de Política da Educação.
Domingo agora é o niver da minha avó. Semana que vem acaba o meu contrato de estágio...
E a vida cooooooooooooorre! E a gente sobrevive! Uou!
Bem, crises a parte, li este e-mail esta semana, e me identifiquei muuuuuuuuuuuuuuuito, rs. Coloquei-o abaixo:
A Síndrome dos vinte e tantos
A chamam de "crise do quarto de vida".
Você começa a se dar conta de que seu círculo de amigos é menor do que há alguns anos.
Se dá conta de que é cada vez mais difícil vê-los e organizar horários por diferentes questões: trabalho, estudo, namorado(a) etc..
E cada vez desfruta mais dessa cervejinha que serve como desculpa para conversar um pouco.
As multidões já não são "tão divertidas"... E as vezes até lhe incomodam.
E você estranha o bem-bom da escola, dos grupos, de socializar com as mesmas pessoas de forma constante.
Mas começa a se dar conta de que enquanto alguns eram verdadeiros amigos, outros não eram tão especiais depois de tudo.
Você começa a perceber que algumas pessoas são egoístas e que, talvez, esses amigos que você acreditava serem próximos não são exatamente as melhores pessoas que conheceu e que o pessoal com quem perdeu contato são os amigos mais importantes para você.
Ri com mais vontade, mas chora com menos lágrimas e mais dor.
Partem seu coração e você se pergunta como essa pessoa que amou tanto pôde lhe fazer tanto mal.
Ou, talvez, a noite você se lembre e se pergunte por que não pode conhecer alguém o suficiente interessante para querer conhecê-lo melhor.
Parece que todos que você conhece já estão namorando há anos e alguns começam a se casar.
Talvez você também, realmente, ame alguém, mas, simplesmente, não tem certeza se está preparado (a) para se comprometer pelo resto da vida.
Os rolês e encontros de uma noite começam a parecer baratos e ficar bêbado(a) e agir como um(a) idiota começa a parecer, realmente, estúpido.
Sair três vezes por final de semana lhe deixa esgotado(a) e significa muito dinheiro para seu pequeno salário.
Olha para o seu trabalho e, talvez, nao esteja nem perto do que pensava que estaria fazendo. Ou, talvez, esteja procurando algum trabalho e pensa que tem que começar de baixo e isso lhe dá um pouco de medo.
Dia a dia, você trata de começar a se entender, sobre o que quer e o que nao quer.
Suas opiniões se tornam mais fortes.
Vê o que os outros estão fazendo e se encontra julgando um pouco mais do que o normal, porque, de repente, você tem certos laços em sua vida e adiciona coisas a sua lista do que é aceitável e do que não é.
Às vezes, você se sente genial e invencível, outras... Apenas com medo e confuso (a).
De repente, você trata de se obstinar ao passado, mas se dá conta de que o passado se distancia mais e que não há outra opção a não ser continuar avançando.
Você se preocupa com o futuro, empréstimos, dinheiro... E com construir uma vida para você.
E enquanto ganhar a carreira seria grandioso, você não queria estar competindo nela.
O que, talvez, você não se dê conta, é que todos que estamos lendo esse textos nos identificamos com ele. Todos nós que temos "vinte e tantos" e gostaríamos de voltar aos 15-16 algumas vezes.
Parece ser um lugar instável, um caminho de passagem, uma bagunça na cabeça... Mas TODOS dizem que é a melhor época de nossas vidas e não temos que deixar de aproveitá-la por causa dos nossos medos...
Dizem que esses tempos são o cimento do nosso futuro.
Parece que foi ontem que tínhamos 16...
Então, amanha teremos 30?!?! Assim tão rápido?!?!
FAÇAMOS VALER NOSSO TEMPO...
A vida não se mede pelas vezes que você respira, mas sim por aqueles momentos que lhe deixam sem fôlego...
EU ESTOU APROVEITANDO!!!! :)
quinta-feira, 23 de outubro de 2008
e-mail para uma amiga
Estou esvaziando a minha caixa de e-mail e encontrei este aqui, que mandei a minha amiga Ju, na véspera do meu aniversário:
hoje é dia 27/08, meu ultimo dia de 22 anos... amanha, quando eu acordar, terei 23. Nunca me pensei como adulta. Estou começando a me convencer sobre esta nova situação, ainda estranha. Sempre pensava em fazer faculdade, agora quase acabei. Não programei o resto!
Como passa rápido, né? Agora parece que estou em fase de transição. Muito mais do que quando tinha 20!! Fim da faculdade, fim do estágio, pode ser o começo de uma carreira, posso mudar de carreira.
Nestes anos amei, chorei, fiz amigos, perdi amigos, viajei, estudei (e como estudei!), ri, dancei, pulei de paraglider, fiz cursos, passei na USP, e agora vou terminar a USP. Fase de inovações... wou!
Dos 22 para cá: troquei de namorado, cuidei da Carolina, faleceu a Carolina, terminei a Letras, comecei a Licenciatura, comecei a pensar o universo aula, permaneci na Siemens, comecei um trabalho com as crianças da igreja, me tornei um pouco menos ansiosa, pulei de paraglider, fui a baladas, perdi contato com os amigos baladeiros, conheci estrangeiros, voltei a estudar inglês, conheci o Teatro Mágico, tirei foto com eles, virei fã de carteirinha...
Ando pensando em estudar para uma pós, e também para concurso publico ( se der, secretaria de dia, algumas poucas aulas a noite!), ainda preciso conhecer a Espanha, fazer oficinas de palhaço para visitar hospitais, dar aulas de espanhol, seja na rede privada, seja como voluntária para as pessoas carentes...
Enfim... será que cheguei a vida adulta?!?!?!?!?!?!?
Eu me lembro quando eu brincava de Barbie e ficava pensando como deveria ser ter 16 anos! hehehe
A vida passa bastante rápido, e nessa bagunça toda algumas coisas me restam: minhas ideologias ( que podem mudar a qualquer momento) e meus sonhos. Cada dia penso mais em poder ir contra a massa e fazer a diferença. Como? Ainda não sei...
Que venha os 23!!!
( tomara que vc permaneça aí para acompanhar comigo. O ano está acabando! Mudanças! Ahhhhhhh! Está preparada???? Quero estar aqui para ver as suas também!)
Bem-vindo, 23 anos!
beijos
hoje é dia 27/08, meu ultimo dia de 22 anos... amanha, quando eu acordar, terei 23. Nunca me pensei como adulta. Estou começando a me convencer sobre esta nova situação, ainda estranha. Sempre pensava em fazer faculdade, agora quase acabei. Não programei o resto!
Como passa rápido, né? Agora parece que estou em fase de transição. Muito mais do que quando tinha 20!! Fim da faculdade, fim do estágio, pode ser o começo de uma carreira, posso mudar de carreira.
Nestes anos amei, chorei, fiz amigos, perdi amigos, viajei, estudei (e como estudei!), ri, dancei, pulei de paraglider, fiz cursos, passei na USP, e agora vou terminar a USP. Fase de inovações... wou!
Dos 22 para cá: troquei de namorado, cuidei da Carolina, faleceu a Carolina, terminei a Letras, comecei a Licenciatura, comecei a pensar o universo aula, permaneci na Siemens, comecei um trabalho com as crianças da igreja, me tornei um pouco menos ansiosa, pulei de paraglider, fui a baladas, perdi contato com os amigos baladeiros, conheci estrangeiros, voltei a estudar inglês, conheci o Teatro Mágico, tirei foto com eles, virei fã de carteirinha...
Ando pensando em estudar para uma pós, e também para concurso publico ( se der, secretaria de dia, algumas poucas aulas a noite!), ainda preciso conhecer a Espanha, fazer oficinas de palhaço para visitar hospitais, dar aulas de espanhol, seja na rede privada, seja como voluntária para as pessoas carentes...
Enfim... será que cheguei a vida adulta?!?!?!?!?!?!?
Eu me lembro quando eu brincava de Barbie e ficava pensando como deveria ser ter 16 anos! hehehe
A vida passa bastante rápido, e nessa bagunça toda algumas coisas me restam: minhas ideologias ( que podem mudar a qualquer momento) e meus sonhos. Cada dia penso mais em poder ir contra a massa e fazer a diferença. Como? Ainda não sei...
Que venha os 23!!!
( tomara que vc permaneça aí para acompanhar comigo. O ano está acabando! Mudanças! Ahhhhhhh! Está preparada???? Quero estar aqui para ver as suas também!)
Bem-vindo, 23 anos!
beijos
terça-feira, 21 de outubro de 2008
GLÓRIA A DEUS!!!
Sei que hoje já é a terceira, quarta...(sei lá) vez que estou escrevendo por aqui. Mas é que preciso extravasar!
ACABEI DE LER UMA NOTÍCIA QUE ME DEIXOU MUUUITO FELIZ! A Ana Paula Valadão está grávida! Esperando o segundo bebê!!! :) :) :)
Oh Glória!
Gosto de ver o agir de Deus na vida das pessoas! Me edifica bastante e me dá forças para crer!
Em breve escreverei o meu testemunho também!
Bem, por enquanto é isto...
Inté
ACABEI DE LER UMA NOTÍCIA QUE ME DEIXOU MUUUITO FELIZ! A Ana Paula Valadão está grávida! Esperando o segundo bebê!!! :) :) :)
Oh Glória!
Gosto de ver o agir de Deus na vida das pessoas! Me edifica bastante e me dá forças para crer!
Em breve escreverei o meu testemunho também!
Bem, por enquanto é isto...
Inté
Pelo Vale Escuro
l . Pelo vale escuro seguirei Jesus,
Mas por ti seguro, vendo a tua luz,
O meu passo incerto tu dirigirás;
Ao sentir-Te perto nunca perco a paz.
2. Os espinhos tantos que nos vêm sangrar,
São remédios santos para nos curar;
Onde existe a graça do bondoso Deus,
Tudo o que se passa nos conduz aos Céus.
3. Não há dor que seja sem divino fim;
Faze, ó Deus, que a igreja compreenda assim,
E, apesar das trevas, possa ver, Senhor,
Que Tu mesmo a levas com imenso amor.
4. Breve a noite desce, noite de Emaús,
E meu ser carece de Te ver, Jesus;
Companheiro amigo, ao meu lado vem!
Fica, ó Deus, comigo, infinito bem!
Mas por ti seguro, vendo a tua luz,
O meu passo incerto tu dirigirás;
Ao sentir-Te perto nunca perco a paz.
2. Os espinhos tantos que nos vêm sangrar,
São remédios santos para nos curar;
Onde existe a graça do bondoso Deus,
Tudo o que se passa nos conduz aos Céus.
3. Não há dor que seja sem divino fim;
Faze, ó Deus, que a igreja compreenda assim,
E, apesar das trevas, possa ver, Senhor,
Que Tu mesmo a levas com imenso amor.
4. Breve a noite desce, noite de Emaús,
E meu ser carece de Te ver, Jesus;
Companheiro amigo, ao meu lado vem!
Fica, ó Deus, comigo, infinito bem!
...
Hoje, preciso viver este Salmo:
O SENHOR é o meu pastor, nada me faltará.
Deitar-me faz em verdes pastos, guia-me mansamente a águas tranqüilas.
Refrigera a minha alma; guia-me pelas veredas da justiça, por amor do teu nome.
Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal algum, porque tu estás comigo; a tua vara e o teu cajado me consolam.
Preparas uma mesa perante mim na presença dos meus inimigos, unges a minha cabeça com óleo, o meu cálice transborda.
Certamente que a bondade e a misericórdia me seguirão todos os dias da minha vida; e habitarei na casa do SENHOR por longos dias.
(Salmos 23)
Hoje está difícil... BEM difícil...
Como fazer com que a minha alma se aquiete, e que eu viva o sobrenatural de Deus?!?!?!
Hoje eu preciso andar por entre as águas, ou ainda, viver em outra dimensão. Ser arrebatada daqui, ainda que somente no meu incosciente, e sinta o abraço e o alívio do Pai. Preciso beber diretamente da Fonte de águas vivas, e descansar :s
Eu sei de quase todas as promessas do Senhor, mas é bem difícil quando se tem uma alma que te quer fazer duvidar. Uma alma cansada, medrosa...como posso ouvir deste jeito a voz do meu Senhor????
O chão está se desfazendo, e TUDO ao meu redor contribui para isto.
Mas eu creio, ainda que esteja extremamente difícil, que eu sirvo ao Deus de Milagres.
E eu verei o sobrenatural de Deus! :)
Este mês está difícil...ando com vontade de chorar!!!
O SENHOR é o meu pastor, nada me faltará.
Deitar-me faz em verdes pastos, guia-me mansamente a águas tranqüilas.
Refrigera a minha alma; guia-me pelas veredas da justiça, por amor do teu nome.
Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal algum, porque tu estás comigo; a tua vara e o teu cajado me consolam.
Preparas uma mesa perante mim na presença dos meus inimigos, unges a minha cabeça com óleo, o meu cálice transborda.
Certamente que a bondade e a misericórdia me seguirão todos os dias da minha vida; e habitarei na casa do SENHOR por longos dias.
(Salmos 23)
Hoje está difícil... BEM difícil...
Como fazer com que a minha alma se aquiete, e que eu viva o sobrenatural de Deus?!?!?!
Hoje eu preciso andar por entre as águas, ou ainda, viver em outra dimensão. Ser arrebatada daqui, ainda que somente no meu incosciente, e sinta o abraço e o alívio do Pai. Preciso beber diretamente da Fonte de águas vivas, e descansar :s
Eu sei de quase todas as promessas do Senhor, mas é bem difícil quando se tem uma alma que te quer fazer duvidar. Uma alma cansada, medrosa...como posso ouvir deste jeito a voz do meu Senhor????
O chão está se desfazendo, e TUDO ao meu redor contribui para isto.
Mas eu creio, ainda que esteja extremamente difícil, que eu sirvo ao Deus de Milagres.
E eu verei o sobrenatural de Deus! :)
Este mês está difícil...ando com vontade de chorar!!!
por que te perturba, oh minh'alma????
"— Mestre, na minha tristeza
Estou quase a sucumbir:
A dor que perturba minha alma,
Oh! Peço-te, vem banir!
De ondas do mal que me encobrem,
Quem me fará sair?
Pereço, sem ti, oh! meu Mestre!
Vem logo, vem me acudir!"
( hino "Sossegai")
Estou quase a sucumbir:
A dor que perturba minha alma,
Oh! Peço-te, vem banir!
De ondas do mal que me encobrem,
Quem me fará sair?
Pereço, sem ti, oh! meu Mestre!
Vem logo, vem me acudir!"
( hino "Sossegai")
segunda-feira, 13 de outubro de 2008
Quem inventou o conto de fadas deveria ter sido condenado a forca, em praça pública, assim não iludiria as pessoas de haver príncipe e o "feliz para sempre".
Se um dia alguém encontrar, por favor, me passe a porção mágica!
"O Cravo brigou com a Rosa
Debaixo de uma sacada
O Cravo saiu ferido
A Rosa, despedaçada
O Cravo ficou doente
A Rosa foi visitar
O Cravo teve um desmaio
A Rosa pôs-se a chorar"
quinta-feira, 9 de outubro de 2008
Dia especial
Ontem acordei beeeeeem desmotivada. Cansada. Estressada. Mal humorada. Tinha vontade de pegar a mochila e sair pra algum lugar longe e descansar. Não pude, claro.
Acredito que Deus use as pessoas ao nosso redor para falar com a gente, ontem foi a vez da professora Sandra. Com uma voz doce e suave, ela me fez lembrar do alívio e do descanso do Senhor, me senti bastante confortada.
A noite foi bastante agradável, tive uma aula sobre ensino de língua estrangeira para deficientes visuais, foi fantástico! O professor comentou sobre os materiais disponíveis, alguns aspectos que devemos estar atentos, e uma aluna que está fazendo mestrado lá na ECA, que é professora de espanhol e deficiente visiual, contou-nos um pouco sobre sua experiência docente, além de mostrar-nos materiais para deficientes, como livros em braile, programa de computador e celular, gira-braile, entre outras coisinhas. Gostei tanto!!!!
Foi ótimo ter contato com estes materiais porque eu não tinha nem idéia de onde eu poderia consultá-los. Também foi maravilhoso ver o esforço e a capacidade daquela aluna, que é uma excelente professora, independente de sua deficiência visual. Só não dá uma boa aula quem não quer! :)
Durante a aula, alguns dos meus colegas de classe comentaram algumas de suas deficiências, sobre síndrome de down, autismo, hiperatismo. Não foi uma abordagem de fora pra dentro, de pessoas que leram sobre, mas de pessoas que têm experiências e/ou que possuem estes quadros. Tudo isto me fez pensar em muitas coisas, como humano e como profissional. Para mim foi sensacional!
Por uma fase da minha vida, tive a convicção de que teria um filho com síndrome de down, então comecei a ler algumas reportagens e textos sobre o assunto. Hoje, quase não penso nisto, mas leio tudo com muito carinho, pronta para receber um aluno portador de deficiência, e ansiosa para aprender com ele, porque eu sei que quem aprende mais nisso tudo sou eu mesma!
Afinal, o que é a deficiência? Algo que coloca limites e barreiras? Creio que muitas pessoas que são consideradas "normais" colocam em suas vidas muito mais barreiras, e são bem mais deficientes.
Acredito que Deus use as pessoas ao nosso redor para falar com a gente, ontem foi a vez da professora Sandra. Com uma voz doce e suave, ela me fez lembrar do alívio e do descanso do Senhor, me senti bastante confortada.
A noite foi bastante agradável, tive uma aula sobre ensino de língua estrangeira para deficientes visuais, foi fantástico! O professor comentou sobre os materiais disponíveis, alguns aspectos que devemos estar atentos, e uma aluna que está fazendo mestrado lá na ECA, que é professora de espanhol e deficiente visiual, contou-nos um pouco sobre sua experiência docente, além de mostrar-nos materiais para deficientes, como livros em braile, programa de computador e celular, gira-braile, entre outras coisinhas. Gostei tanto!!!!
Foi ótimo ter contato com estes materiais porque eu não tinha nem idéia de onde eu poderia consultá-los. Também foi maravilhoso ver o esforço e a capacidade daquela aluna, que é uma excelente professora, independente de sua deficiência visual. Só não dá uma boa aula quem não quer! :)
Durante a aula, alguns dos meus colegas de classe comentaram algumas de suas deficiências, sobre síndrome de down, autismo, hiperatismo. Não foi uma abordagem de fora pra dentro, de pessoas que leram sobre, mas de pessoas que têm experiências e/ou que possuem estes quadros. Tudo isto me fez pensar em muitas coisas, como humano e como profissional. Para mim foi sensacional!
Por uma fase da minha vida, tive a convicção de que teria um filho com síndrome de down, então comecei a ler algumas reportagens e textos sobre o assunto. Hoje, quase não penso nisto, mas leio tudo com muito carinho, pronta para receber um aluno portador de deficiência, e ansiosa para aprender com ele, porque eu sei que quem aprende mais nisso tudo sou eu mesma!
Afinal, o que é a deficiência? Algo que coloca limites e barreiras? Creio que muitas pessoas que são consideradas "normais" colocam em suas vidas muito mais barreiras, e são bem mais deficientes.
terça-feira, 7 de outubro de 2008
é chegado outubro...
Estamos no mês de outubro... lembrei dele o ano inteiro, e chegou!!!!
Mês que termina meu contrato de estágio, mês que termino as regências, em reta final com as aulas de espanhol, entrega do relatório de Didática, apresentação do meu pré-projeto de pesquisa, preparação dos trabalhos da faculdade, fotos para o convite de formatura, aniversário da minha avó, preparação da mini-aula para aula de espanhol...
Minha melhor amiga está correndo para terminar o TCC dela. Meu namorado também está em fase de decisões e mudanças. Todo mundo atarefado!
Sinto muita falta de várias pessoas, que já não as vejo mais.
Olho pra trás, já não encontro nada. Para frente? Ainda é bastante nebuloso. O presente?Incerto.
Acho legal mudanças, mas elas me reviram um bocado. O jeito é se lançar nos braços do Pai, descansar, e confiar... aguardemos.
"Será que a sorte virá num realejo?
Trazendo o pão da manhã, a faca e o queijo
Ou talvez um beijo teu que me empreste a alegria
Que me faça juntar todo resto do dia
Meu café, meu jantar
Meu mundo inteiro
Que é tão fácil de enxergar
E chegar
Nenhum medo que possa enfrentar
Nem segredo que possa contar
Enquanto é tão cedo, tão cedo
Enquanto for um berço meu
Enquanto é tão cedo, tão cedo
Enquanto for um berço meu
Enquanto for um terço meu
Serás vida bem vinda
Serás vida bem vinda
Serás viva bem viva
Em mim
Será que a noite vira num vilarejo
vejo a ponte que levara o que desejo
admiro o que há de lindo e o que há de ser... você
Enquanto for um berço meu
Enquanto for um terço meu
Serás vida bem vinda
Serás vida bem vinda
Serás viva bem viva
Em mim
Os opostos se distraem
Os dispostos se atraem"
segunda-feira, 6 de outubro de 2008
lançamento do DVD - Teatro Mágico!
Eu novamente :)
Neste final de semana fiz umas coisas bacanas: fui ao show do TM e assisti "Ensaio Sobre a Cegueira", baseado em um dos meus livros preferidos do José Saramago.
O show foi suuuuuuuuuuuuuuuuper legal, como sempre é! Não foi o mais emocionante para mim, mas sempre me sinto muito bem estando ali com aquele espetáculo todo. Não sei se gosto mais da música, das frases, dos pensamentos, das caras pintadas, dos bonecos...
Não é só pelo show, mas por tudo o que envolve, por tudo o que me faz pensar, pela brincadeira! MUITO BOM!
O filme também é bastante interessante, forte e intenso. Não tanto quanto o livro, mas ainda assim recomendo.
No mais, os estágios continuam me dando emoções intensas. É muito bom ver a participação da galera :) Não é que eles leram o capítulo de "Vidas Secas"!?!?!?!?
Nem preciso dizer o quanto fiquei feliz!!!
É isso...por enquanto.
Sem mais. Até breve
quinta-feira, 2 de outubro de 2008
Um pouco mais de mim!
Hoje, pela primeira vez, resolvi escrever por aqui. De Thatiana para Thatiana ( é, bem narcisista assim mesmo, rs). Criei este blog para poder colocar um pouco do que gosto, do que me identifico, devaneios e sonhos... acho bem legal a possiblidade de daqui um tempo olhar e ver como eu era ou o que acontecia. Até hoje dou muitas risadas com os meus diários de infância e de adolescência, hahahaha. Uma graça! :)
Daí veio o cursinho, faculdade, emprego... parei de escrever para relaxar, o tempo foi ficando apertado ( e está cada vez mais apertado!). Então...por que resolvi "dar as caras" agora? É simples! Porque acho que estou num momento de mudanças na minha vida, e talvez seja importante ter este espaço para refletir comigo mesma, e também para registar momentos ou situações importantes.
Ainda reluto com esta história de escrever na internet e todo mundo ter acesso a minha vida particular ( isso, pensando que alguém além de mim irá passar por aqui, rs) . Queria fazer um caderno, escrever por lá, colar figuras, grudar cacarecos...mas são tantas as coisas que eu queria colocar lá, que ainda não sei bem como fazer... até lá, vou escrevendo por aqui mesmo.É... estou me adaptando a modernidade! :o)
Estou no último ano da facul. Letras. USP. Português- Espanhol. Foram longos anos, se olho ao calendário, mas que me passaram muuuuito rápido!!!!! Enfim, terminei o bacharelado e agora termino a licenciatura ( se Deus quiser!).
Nesta semana estou fazendo a famigerada regência, e pasmem! Não é que estou gostando?!?!?!?!?!
Estou exausta, isto é fato. Precisei estudar sobre o Modernismo, pensar nas aulas, encontrar coisas que eu achasse interessante, sair correndo do serviço pra chegar a tempo na escola, dar aulas, e enfrentar todas as adversidades: rádio que não queria funcionar, aluno que quer te desafiar, professor que quer te desmotivar... mas eu fiquei extramente feliz ao perceber que eles estavam prestando atenção na minha explicação, ou ainda quando eles estavam lendo o texto que eu pedi ( e que eu sabia que era algo não muito bem aceito para eles). Também tive boas surpresas ao começar a ler o que eles produziram (textos e desenhos).
Claro, também ocorreram coisas não muito boas, mas enfim... comemoro um passo por vez. Talvez deva ser assim mesmo. Será?
Seria estupendo (bem espanhola esta palavra, rsrsrs) se eu pudesse saber o quanto eles estão aprendendo com o que eu estou passando, se está sendo aproveitado, se está sendo deficiente... mas acho que este resultado só é percebido a longo prazo.
Além destas aulas ( serão 20 no total), também dou aulas de espanhol aos sábados, com minha colega Lu. Estas aulas também são do estágio da faculdade, mas não se diferencia em nada de um emprego normal. Aliás, a única diferença é que trabalho e não tenho salário :/
Gosto muuuuuuuuuuuuito destas aulas de espanhol. Os alunos são ótimos, tenho um grande carinho por todos, e podemos aprender juntos, a cada aula. É uma troca incrível (pelo menos pra mim! rsrsrs)
Mas tudo isto não é minha profissão oficial. Sou estagiária numa empresa, como secretária. Gosto de onde estou, das pessoas, da empresa, das oportunidades. Também aprendo muito lá com minhas chefes, e com as pessoas com que convivo.
Gosto de aprender e poder ser útil. Gosto de conhecer coisas!
É isto... um pouquinho de mim. Por hoje chega, aos poucos vou escrevendo mais!
Inté! ;)
Daí veio o cursinho, faculdade, emprego... parei de escrever para relaxar, o tempo foi ficando apertado ( e está cada vez mais apertado!). Então...por que resolvi "dar as caras" agora? É simples! Porque acho que estou num momento de mudanças na minha vida, e talvez seja importante ter este espaço para refletir comigo mesma, e também para registar momentos ou situações importantes.
Ainda reluto com esta história de escrever na internet e todo mundo ter acesso a minha vida particular ( isso, pensando que alguém além de mim irá passar por aqui, rs) . Queria fazer um caderno, escrever por lá, colar figuras, grudar cacarecos...mas são tantas as coisas que eu queria colocar lá, que ainda não sei bem como fazer... até lá, vou escrevendo por aqui mesmo.É... estou me adaptando a modernidade! :o)
Estou no último ano da facul. Letras. USP. Português- Espanhol. Foram longos anos, se olho ao calendário, mas que me passaram muuuuito rápido!!!!! Enfim, terminei o bacharelado e agora termino a licenciatura ( se Deus quiser!).
Nesta semana estou fazendo a famigerada regência, e pasmem! Não é que estou gostando?!?!?!?!?!
Estou exausta, isto é fato. Precisei estudar sobre o Modernismo, pensar nas aulas, encontrar coisas que eu achasse interessante, sair correndo do serviço pra chegar a tempo na escola, dar aulas, e enfrentar todas as adversidades: rádio que não queria funcionar, aluno que quer te desafiar, professor que quer te desmotivar... mas eu fiquei extramente feliz ao perceber que eles estavam prestando atenção na minha explicação, ou ainda quando eles estavam lendo o texto que eu pedi ( e que eu sabia que era algo não muito bem aceito para eles). Também tive boas surpresas ao começar a ler o que eles produziram (textos e desenhos).
Claro, também ocorreram coisas não muito boas, mas enfim... comemoro um passo por vez. Talvez deva ser assim mesmo. Será?
Seria estupendo (bem espanhola esta palavra, rsrsrs) se eu pudesse saber o quanto eles estão aprendendo com o que eu estou passando, se está sendo aproveitado, se está sendo deficiente... mas acho que este resultado só é percebido a longo prazo.
Além destas aulas ( serão 20 no total), também dou aulas de espanhol aos sábados, com minha colega Lu. Estas aulas também são do estágio da faculdade, mas não se diferencia em nada de um emprego normal. Aliás, a única diferença é que trabalho e não tenho salário :/
Gosto muuuuuuuuuuuuito destas aulas de espanhol. Os alunos são ótimos, tenho um grande carinho por todos, e podemos aprender juntos, a cada aula. É uma troca incrível (pelo menos pra mim! rsrsrs)
Mas tudo isto não é minha profissão oficial. Sou estagiária numa empresa, como secretária. Gosto de onde estou, das pessoas, da empresa, das oportunidades. Também aprendo muito lá com minhas chefes, e com as pessoas com que convivo.
Gosto de aprender e poder ser útil. Gosto de conhecer coisas!
É isto... um pouquinho de mim. Por hoje chega, aos poucos vou escrevendo mais!
Inté! ;)
sexta-feira, 18 de julho de 2008
sexta-feira, 11 de julho de 2008
EU QUERIA...
Queria um tempo mais pra pensar.
Uma canção pra cantar.
Queria um dia com 25 horas,
e todas as noites com lua cheia.
Queria um amor pra chamar de meu,
um sorriso pra tirar a dor.
Queria que o tempo voltasse,
pra poder brincar no escorregador.
Queria ter a minha inocência de volta,
toda brincadeira de roda.
Queria não ter saudades.
Queria não ter que acordar tão cedo.
Mais queria me manter acordada pra ver sempre o sol nascer.
Queria que todo dia tivesse sol.
E que toda rua fosse mar e todo carro fosse barco.
Queria contar o que sinto.
Queria te mostrar o que faz sentido.
Queria um abraço pra não chorar.
Um carinho pra toda lagrima que eu derramar.
Queria uma aventura nas montanhas, um elogio sem eu pedir.
Queria mergulhar e ver o mundo dos peixes,
e voar pra sentir a liberdade das aves.
Queria que comida fosse a rotina de todo ser vivo que existe na terra,
que toda árvore fosse preservada.
Queria que meu eu fosse seu, e que o seu eu fosse meu.
Queria que todo sonho fosse bom, que toda história tivesse final feliz.
Queria que todas as estações fossem verão,
mais que de vez em quando fosse inverno pra sentir seu calor,
primavera pra sentir o perfume das rosas e outono pra comer fruta no pé...
Querer é um desejo infinito, mas o que pode ser realizado pra quem tem vontade,
nada é impossível!"
(Tábata Pichinelli)
terça-feira, 17 de junho de 2008
Ana e o Mar
(O Teatro Mágico)
Veio de manhã molhar os pés na primeira onda
Abriu os braços devagar e se entregou ao vento
O sol veio avisar que de noite ele seria a lua,
Pra poder iluminar Ana, o céu e o mar
Sol e vento, dia de casamento
Vento e sol, luz apagada no farol
Sol e chuva, casamento de viúva
Chuva e sol, casamento de espanhol
Ana aproveitava os carinhos do mundo
Os quatro elementos de tudo
Deitada diante do mar
Que apaixonado entregava as conchas mais belas
Tesouros de barcos e velas
Que o tempo não deixou voltar
Onde já se viu o mar apaixonado por uma menina?
Quem já conseguiu dominar o amor?
Por que é que o mar não se apaixona por uma lagoa?
Porque a gente nunca sabe de quem vai gostar
Ana e o mar... mar e Ana
Histórias que nos contam na cama
Antes da gente dormir
Ana e o mar... mar e Ana
Todo sopro que apaga uma chama
Reacende o que for pra ficar
Quando Ana entra n'água
O sorriso do mar drugada se estende pro resto do mundo
Abençoando ondas cada vez mais altas
Barcos com suas rotas e as conchas que vem avisar
Desse novo amor... Ana e o mar
Memórias da Emília, 1.936 . Monteiro Lobato
Esse é um pequeno trecho da obra (bastante legal!):
A vida, Senhor Visconde, é um pisca - pisca.
A gente nasce, isto é, começa a piscar.
Quem pára de piscar, chegou ao fim, morreu.
Piscar é abrir e fechar os olhos - viver é isso.
É um dorme-e-acorda, dorme-e-acorda, até que dorme e não acorda mais.
A vida das gentes neste mundo, senhor sabugo, é isso.
Um rosário de piscadas. Cada pisco é um dia.
pisca e mama;
pisca e anda;
pisca e brinca;
pisca e estuda;
pisca e ama;
pisca e cria filhos;
pisca e geme os reumatismos;
por fim, pisca pela última vez e morre.
- E depois que morre - perguntou o Visconde.
- Depois que morre, vira hipótese. É ou não é?
A vida, Senhor Visconde, é um pisca - pisca.
A gente nasce, isto é, começa a piscar.
Quem pára de piscar, chegou ao fim, morreu.
Piscar é abrir e fechar os olhos - viver é isso.
É um dorme-e-acorda, dorme-e-acorda, até que dorme e não acorda mais.
A vida das gentes neste mundo, senhor sabugo, é isso.
Um rosário de piscadas. Cada pisco é um dia.
pisca e mama;
pisca e anda;
pisca e brinca;
pisca e estuda;
pisca e ama;
pisca e cria filhos;
pisca e geme os reumatismos;
por fim, pisca pela última vez e morre.
- E depois que morre - perguntou o Visconde.
- Depois que morre, vira hipótese. É ou não é?
terça-feira, 6 de maio de 2008
O velho e o mar (Antes da Morte:uma história capaz de me tirar o sono)
O galo cantou às cinco e meia e eu levantei, acredite, sorrindo. É hora de me preparar para o surfe do dia, da manhã, o surfe que me dá forças para o dia inteiro de trabalho. Trabalho no banco e só agüento aquela merda toda por culpa do surfe.
Mas o galo está meio desregulado, talvez por estar longe do campo. Galo que vive fora do campo, com seus cheiros e cores (cores verdes de capim verde claro, cheiro de esterco de vaca e outras coisas mais que só o campo tem), fica meio louco. Por mais que more em um grande quintal, como o meu, ele fica meio louco. Ou talvez não seja verdade essa história de que os galos do campo cantem pontualmente às seis. Acredite, eu só fui ao campo uma vez quando era pequeno. Era a fazenda de algum amigo do meu pai. Sei lá, sei que como tudo pra mim lá era novidade, consigo lembrar de quase tudo que vi. Galinha d’angola, vaca, boi com e sem chifre, cavalos, bezerrinhos, potros, plantações de café, de cana de açúcar. Um carrapato grudou em mim, peguei um ovo de galinha na granja, tirei um pouco de leite da vaca, pesquei um lambari no rio, andei de trator (eu guiei!). Foi muito louco.
Mas volto para meu galo pirado. Ele veio aqui pra praia pintinho. O velho meu vizinho que o trouxe. Hoje ele é meu animal de estimação. Ele é o cachorro que não tenho.
Lembrei essas coisas ainda acordando, em processo de acordar, mais dormindo que acordado. Olhei o mar da minha varanda e nessa altura o sol já estava no céu e o mar já estava azul (mas porque o céu está azul, descobri recentemente que muito da cor do mar é reflexo do céu, além da coloração dada pelas algas). Já havia tomado banho e café da manhã (pão de forma com geléia de morango, copo cheio de leite com nescau, mamão com bastante açúcar e meia dúzia de uvas daquelas gordonas). Já estava com minha roupa de borracha e a prancha no meu braço direito. Mas não consegui me mover, lembrando do velho, meu vizinho. Fiquei algumas noites quase sem dormir lembrando a história do velho. Mas hoje dormi bem e como essa história não me veio à cabeça de madrugada, me veio agora de manhã. Melhor assim.
Concluí que talvez um modo de me livrar dessa história pra sempre é escrevendo-a. Perfeito. Como quero tocar minha vida e deixar essa história pra história, agora estou fazendo isso. Hoje não vou surfar. Nem trabalhar. Melhor assim, acho que amanhã vou surfar e trabalhar mais leve, sem o olhar vidrado com que estava devido às reverberações da história do velho vizinho. Pra recomeçar tudo volto a falar do galo que é uma das coisas que o velho deixou pra mim.
O galo muito louco, ontem, era um pintinho. Esse pintinho não veio pra praia sozinho, não, o vizinho trouxe com ele mais quarenta outros pintinhos. Mentira, quarenta com ele, então, ele e mais trinta e nove. O cara queria montar uma granja e, além dos quarenta pintinhos que virariam ou galo ou galinha (como fazer pra saber se um pinto é macho ou fêmea? Engraçado isso ao se falar de pinto, né?), trouxe sete galinhas e quatro galos.
Ninguém entendia o velho, meu vizinho, o dono da pequena granja que não deu certo. Em pouco tempo morreram os galos, as galinhas e metade dos pintinhos. Ou de morte natural, ou assassinados por algum vizinho filho da puta, ou assassinados pra virar churrasco, enfim, a granja sucumbiu. Ninguém entendia qual era a do velho, muito menos eu.
Engraçado, ele sempre foi velho pra minha geração. Quando nascemos ele já era velho e crescemos vendo-o velho. Todos sempre achamos esse velho esquisito, inclusive os surfistas amigos que vinham da cidade pegar onda por aqui.
Mas essa história que vou contar, e que foi capaz de me tirar o sono por muitas noites, me fez compreendê-lo profundamente.
Antes de contá-la, acho importante destacar que quando moleque, eu fui dos que mais zoou o velho. Eu quebrava os vidros de sua casa com pedras certeiras partindo do meu estilingue. Quando não matava pombas (odeio pombas), matava os vidros do velho. Também o xingava e saía correndo e mais de uma vez pichei o muro de sua casa. Acho que em todas pichei simplesmente VELHO.
Mas o tempo passou e, apesar do velho continuar velho, eu, de moleque, virei um cara, e um cara sempre em estado de alerta, tal como quem pega onda.
Eu sempre via o velho calado, sempre calado, olhando o mar. Ele adorava passar as tardes sentado na areia olhando o horizonte. Parecia não ter parentes. Sempre estava só.
Ele também nunca entrava no mar. Nem quando o sol estava forte demais. Ele só ficava olhando, olhando e olhando o mar, o horizonte.
Já crescidos continuamos a achar o velho esquisito ou no mínimo engraçado. Ríamos muito dele e dizíamos um para outro “olha lá, você amanhã” e nos ofendíamos com essa possibilidade. O velho era tudo que não queríamos pra nossas vidas.
Até que chegou o tempo do costume, chegou o tempo em que nem o víamos mais lá parado.
Isso tudo aconteceu bem antes do velho tentar montar a granja. Esse lance da granja aconteceu pouco tempo antes de ele morrer.
Antes da morte
Era uma terça-feira de sol quando conversei pela primeira vez com ele. Sentei ao seu lado não intencionalmente, mas porque onde ele ficava era um bom lugar de olhar o mar. Sempre é bom paquerar o mar antes de entrar nas suas possibilidades de onda.
Ao olhar para o lado e ver o velho lá parado, reparei que fazia tempo que não falávamos dele, fazia tempo não ríamos dele, fazia tempo que nem o olhávamos. Ele tinha virado uma coisa da praia, como os coqueiros pequenos, como a barraca do seu Jorge, como o poste de luz, como a grande lixeira, como a placa PERIGO, como o próprio mar. E ao vê-lo lá estático, senti que seria uma boa puxar assunto, logo mais a rapaziada chegaria e seria novidade pura contar como foi a conversa. Ninguém nunca tivera coragem nem vontade suficiente pra isso.
Nesse dia não fui surfar. Nesse dia ignorei os chamados dos amigos, aliás, pra quem se aproximava eu gritava cai fora, como faço pra afugentar as pombas. O velho, que pra mim sempre fora um velho sem vida, um velho acabado, quase um morto, quase um nada, agora era pra mim outra coisa, não sei dizer bem o que, outra coisa que não simbolizava simplesmente um fim.
Enquanto a rapaziada pegava belas ondas (com destaque para o Guanabara, que dropava todas), eu escutava atento o velho que falava, falava e falava, enquanto fixava o horizonte e olhava, olhava e olhava. Eu não olhava o horizonte, eu olhava a rapaziada nas ondas (a Lúcia Terra também tava dando show, poucos marmanjos tinham a alegria dela nas ondas).
Não precisei falar muita coisa pra ele desatar a falar, nem lembro bem o que falei, talvez “bom dia”, talvez “tá sol, né?”, talvez “e aí vizinho, como é que tá?”, sei lá, sei que logo depois de me olhar por uns quinze segundos ele começou a falar, não como um louco alucinado (como eu esperava), não, calmamente falou que eu tinha crescido e que tinha me visto surfar desde moleque e que hoje de todos os surfistas eu era o melhor. Disse que meu estilo de surfar era parecido com o dele quando surfava, e foi aí que não parou mais, talvez por necessitar contar sua história, talvez por perceber um ouvido querendo saber, entender, compreender. Ele, que não trocava idéia nem com o padeiro, agora me contava tudo. E do mar, entre uma onda e outra, todos me olhavam entre curiosos e irônicos.
Acho que se eu não surfasse tão bem como ele em sua época, ele não me escolheria para ser seu interlocutor, o interlocutor dessa sua história de amor que tanto me tirou o sono.
História capaz de me tirar o sono
Quando veio pra essa praia não existia nada, nem padaria, nem estrada, nem mercado. Nem mercado?, eu perguntei chocado. Nem mercado. Era um outro mundo e ele, filho de pais ricos, só queria saber de surfar. As pranchas eram bem diferentes dessas aí, disse ele apontando a minha sem olhá-la. Fiquei um pouco ofendido com o gesto.
Quando morava na cidade ele tinha outra vida, uma vida bem chata, ele tinha que se mostrar um rapaz educado, um filho responsável, o futuro da família. A única coisa que o interessava na cidade era ela. Ele só queria saber de ir pra praia surfar e amá-la. Ela era filha de pais amigos de seus pais. Ela era linda. O velho me descreveu de-ta-lha-da-men-te como ela era e não sei por que tive vontade de chorar. Ela era linda. Só pra pegar alguns exemplos dos encantos que o velho me contava, eu olhava as meninas zanzando de lá pra cá, de cá pra lá. Algumas me olhavam sorrindo, algumas me cumprimentavam, mas eu não queria travar relações convencionais com ninguém, eu apenas as olhava ouvindo atento as descrições do velho detalhista ao meu lado. Fixava as mulheres de forma fragmentada: tornozelo, bunda, costas, ventre, olhos, bochecha, nuca, boca, umbigo.
Ele mudou pra cá e olhando-a fundo nos olhos disse vem comigo. Ela desobedeceu os nãos de seus pais e veio morar com ele na casa da praia. Criou-se inclusive uma rixa familiar. Os pais dele passaram a apoiar sua decisão de viver na praia, só pra discordar da família dos pais dela. O velho apontou sem olhar (já que não tirava os olhos do mar) o hotel Brisa e disse que sua casa ficava mais ou menos ali. Ele tinha um carro do ano (o ano da época, sei lá qual era o carro do ano na época) e comprava tudo o que precisava na cidade ao lado, que na época já tinha o que precisava para viver.
Ele tinha duas boas pranchas e tinha ela. Era uma vitória, uma conquista, tudo que quis na vida, quase um fim, assim a vida já tinha sido efetuada, aquilo já era um “e viveram felizes para sempre”.
Passou um cara vendendo sanduíche natural e comprei dois. Pra mim de atum, pro velho de cenoura. Entreguei a ele sem perguntar se ele queria e ele comeu sem parar de contar sua história.
Ele surfava todos os dias e conversava muito com o mar, nesse momento o velho me olhou sorrindo e pela primeira vez olhei-o nos olhos. Olhos azuis que já eram cinzas. Quase opacos, mas apesar disso expressivos. Seu sorriso era sorrido pelos olhos. Disse que na época considerava o mar seu maior amigo e toda onda que pegava dedicava a ela.
Ela ficava pela praia e uma vez por dia nadava. Nadava muito bem. Nadava depois do lugar onde as ondas surgiam. Vê-la nadar era bom, talvez tão bom como surfar. Dessa vez eu sorri, achei o velho poético. Quem diria, esse velho, que ontem eu considerava uma múmia, agora quase me emocionava com suas frases poéticas.
O velho e sua bela amada se amavam dentro e fora desse mar. Esse mesmo mar que tanto me suaviza a vida, pensei e também me achei poético.
Eu não conseguia imaginar esse velho andando com uma bela mulher. Mas enquanto ele falava, falava e falava, lembrei que nem sempre ele foi velho. Um dia ele foi até jovem, jovem como eu, jovem como a bela. Ri mais uma vez ao pensar que, hoje, até a bela que ele descreveu não deveria ser tão bela assim. Mas afinal onde ela estava? Achei melhor parar de viajar e voltar a ouvi-lo, antes que eu perdesse o fio da meada.
Esse mar que ele considerava libertário, suave, paradisíaco, quase um céu, lugar de plenitude, vivência e até felicidade o traiu. Ele descobriu que tanto quanto ele, o mar a amava. O mar amava tê-la nadando em suas carnes, tanto quanto ele gostava de tê-la toda sua, seja com roupa, seja nua; sorrindo, seja acordada, seja dormindo; cansada, seja correndo, seja parada.
Ele pegava suas ondas e começou a sentir o mar violento, não lhe dando boas ondas, dando sim bons caldos, rancoroso, vingativo, invejoso. Quando ela entrava, o mar passava a ser só suavidade, marola, tranqüilidade na hora. Quando ele voltava a entrar, o mar voltava a ser bruto como um touro faminto. Indomável mar, ondas torpes, nada pra surfar.
Chegou até a falar mal do mar pra ela, mas ela nada pôde fazer a não ser rir do que julgava ser um mau humor. De noite, quando ela dormia, ele andava pela praia e olhava o mar na escuridão. Sentia medo e feito criança voltava pra perto dela. Chegou a pensar que estava enlouquecendo.
Mas quando o dia nascia, ele logo corria pra prancha sorrindo, mas logo se desiludindo ao olhar o raivoso mar, com seu olhar tenebroso.
Ele não mais o queria por lá. Ele o mar e ele o velho. Não se queriam mais. Na verdade os dois queriam uma única coisa: ela. E ela queria os dois, tal como ele, o velho, os quis tanto. O mar apaixonado é insaciável, irresistível e tentador. O mar, um grande sedutor, a trazia para suas pós-ondas. O que dizer? Não vá? O mar te quer pra ele? Tenho ciúmes do mar? A única vez que falou isso a fez rir da sua cara, então nada mais pôde fazer a não ser não mais surfar e passar as tardes na areia agoniado vendo-a nadar.
Ela não entendia suas razões, também ficava agoniada ao não o ver surfar e ele, só pra disfarçar, se fingiu de machucado, andava mancado e dizia foi culpa do mar. Ela lhe fazia curativos, dizia vai passar e corria pra nadar. Os olhos azuis do velho brilhavam ciumentos e odiavam os sorrisos desse mar desgraçado.
Pedi para o velho uma raspadinha de groselha sabor uva e pra mim de morango. Não o consultei sobre o sabor mas ele não reclamou e nem parou de falar ao abrir a mão pra receber o copinho. Disse para o João das raspadinhas que depois pagava e ele me disse sorrindo olha lá, hein?
Quanto mais o tempo passava, mais ele a amava e agora ela era sua única alegria, ela era seu oceano, sua descoberta, seu mundo. O amor que dedicava ao mar estava concentrado agora nela, nas suas formas, no seu silêncio, no seu todo. E ela dizia que ele era seu poeta, sua prancha, seu destino.
Chorei, cara! O velho que era aquela coisa acabada tinha vivido tudo isso? Não imaginava. Tentei lembrar se já tinha vivido algo assim e o invejei. Eu com inveja dele, daquele velho que era e sempre foi meu anti-exemplo e meu anti-ideal de vida. Aquele símbolo, rótulo ou marca que tinha colocado nele, que sempre retomava quando o olhava, agora se dissolvia tal minhas lágrimas que rolavam lentamente. O velho estava inspirado e continuava falando, falando e falando sem me olhar, mas cada passagem, cada frase e cada palavra ele dirigia a mim com o cuidado de quem desenterra um tesouro.
Chegou o dia em que não agüentou mais dividi-la com o mar. Estava paranóico, demente e revoltado. O mar parecia lhe perseguir e ele não ousava dizer tais coisas pra ela. Apenas não surfava mais. Via belas ondas, perfeitas, mas quando ameaçava pegar a prancha, logo o mar ficava bruto e perigoso. Por outro lado, sempre que ela ia nadar ele amansava tal animal de estimação. Pra mim um animal criminoso.
Estavam os dois sentados na areia depois de ela nadar e ele quase morrer de ciúmes. Ela de olhos fechados tomava seu sol. Ele olhava o mar expressando o quanto o odiava. O mar parecia gargalhar, com ondas mansas mas barulhentas. Ele disse pra ela que deveriam ir pra cidade. Voltar pra terra deles. A praia era só um estágio, uma fase, um começo. Ela chocada abriu os olhos e sentou pra olhá-lo melhor. Ele disse que chegava a hora de assumirem uma vida juntos na cidade, estudar e construir suas vidas, juntos, sem dependência dos pais. Os olhos dela brilharam de admiração. Ela o beijou e disse que não via a hora de ele tomar essa decisão. O velho ficou espantado com a própria idéia. Nunca tinha lhe passado pela cabeça construir uma vida na cidade, mas por ela faria isso. Quando levantaram pra arrumar as coisas, juntar os trapos, ele olhou para o mar sorrindo, entre vingado e irônico, e viu uma imensa onda estourando raivosa e inofensiva.
Na manhã seguinte já estava tudo arrumado no carro, a casa já estava em ordem e ele já pensava na longa estrada que teriam que encarar, quando ela decidiu dar um último mergulho. O velho olhou para o mar que estava de um verde brilhante e gritou não. Ela se assustou e disse que queria muito. Ele voltou a olhar o mar e percebeu que agora era ele que sorria sorriso irônico e vingativo. Pediu pra ela não fazer isso e ela lhe perguntou se ele a escutava quando ela dizia pra ele não surfar. Ele dizia que iria e ponto. O velho tentou convencê-la dizendo que fazia tempo que não surfava e ela disse que era só porque estava machucado.
Acho que eu tremia escutando as narrativas do velho. Estava sol, um belo sol, e eu tremia. Eu também agora olhava o mar e via, em seu modo de quebrar na praia, cada uma das expressões que o velho dizia que o mar tinha.
Ficou na praia olhando-a nadar e viu desesperado o mar bruscamente ficando agitado. Ondas gigantes começaram e não pararam mais. Quando pensou na possibilidade de entrar no mar pra ver se ela estava bem, ouviu um grito fino e desesperado dela e se precipitou para a água. Tentou, tentou e tentou. Nada. As ondas não o deixavam alcançá-la e seu desespero era tanto que logo perdeu o fôlego e desmaiou. O mar fez a generosidade de lhe jogar na praia.
Acordou logo mas não pôde mais fazer nada. Ela sumira e o mar voltara a ficar calmo. Calmo até demais. Nem um último olhar dela ganhou. Nem um último beijo. Só um grito desesperado e inconsciente.
O velho ficou algum tempo no mesmo lugar em que estava parado olhando o horizonte. Perguntei quanto tempo e ele falou talvez horas, talvez dias, talvez semanas. Mas olhava o mar sem raiva, sem revolta, sem ciúmes, apenas dor. Uma dor inexplicável. Dor.
Tentava até encontrar no mar alguma daquelas tantas expressões que ele tinha exibido deixando-o louco de raiva, mas nada viu. Tentou ver seu sorriso vencedor e só viu o mar normal: belo e neutro. Tentou ver uma alegria fora do comum pelo fato de ele ser agora dono dela pra sempre e nada viu. O mar estava como sempre fora antes de conhecê-la.
O tempo foi passando e diariamente passou a olhar o mar. A dor foi se dissolvendo. Mas durou muito tempo. Seus pais mandaram um funcionário cuidar dele. Achavam que ele estava louco. De certa forma estava mesmo. Estava louco de saudades dela. Sentia-se como um afogado, sem ar, desamparado, no mar.
Muito tempo se passou e me tornei velho, disse o velho. Muita coisa aconteceu em sua vida até isso acontecer. Mas nada que tivesse alguma relevância, nada que merecesse ser contado pra mim, disse olhando-me mais uma vez. Eu estava petrificado. Tinha mil perguntas a fazer pra ele mas nada saiu da minha boca. Acho que eu estava conseguindo entender um ínfimo do que ele tinha sofrido. Mais do que entender o velho, eu parecia compreender um pouco mais uma série de coisas.
Nos dias seguintes fui à sua casa e ele me contou algumas outras coisas. Falou sobre o tempo em que saiu da praia e foi tentar administrar uma fazenda do pai. Ficou anos na fazenda. Mas sabia que seu lugar era lá, na praia, naquela praia, naquela praia em que tinha vivido toda uma vida com ela. E com o mar.
Na casa do velho tinham várias coisas da fazenda que um irmão, com quem não se dava bem, administrava.
E por falar de mim, volto ao começo...
Em uma certa tarde, ouvi o cantar de um galo e como vi que vinha da casa do velho, fui lá ver o que se passava. Com saudade da fazenda, o velho comprou os pintinhos e galinhas e galos em uma feira na cidade ao lado. Achei engraçado isso, mas fiquei meio incomodado com o barulho dos galos. Meio desregulados alguns cantavam até de madrugada. Mas como já disse, essa granja se dissolveu rápido, sobrando apenas alguns pintinhos.
Não demorou muito para os pintinhos virarem galos, tal como não demoraria para o velho morrer.
Dia sim, dia não, eu pregava minha prancha na areia e escutava suas palavras. Acho que quase nunca eu chegava a completar alguma frase pra ele. Ele queria falar e eu queria ouvir. Era essa a nossa relação. Ele me dizia que não sentia mais dor ao olhar o mar, o tempo dissolve tudo, dores, alegrias, traumas, fantasias.
Ele estava viciado no mar. Olhava, olhava e olhava. Só isso. Não esperava nada. Gostava também de olhar o mar e me ver surfar. Nos dias em que surfei depois de ouvir isso, arrebentei. Fiz inveja até ao Marciano, que considero o melhor surfista da região.
Um dia antes de morrer, o velho me disse que finalmente tinha visto um sinal do mar. Um sorriso, um sorriso fundo, o mar tinha sorrido pra ele. Eu perguntei ingênuo, mas o senhor não tinha dito que não esperava nada do mar? E ele sorrindo sorriso fundo disse que mentiu pra mim, disse que na verdade esperava um sinal qualquer. Uma expressão, uma dica, um pedido de perdão. Notícias da mulher amada. E naquele dia o mar tinha sorrido pra ele. Foi como um aceno. Aí eu fui surfar pensativo e nunca mais o vi.
O Jacaré, que tem uma barraca de caipirinha na praia, disse que o viu entrando no mar pouco antes do sol nascer com uma prancha da idade da pedra debaixo do braço. Mas como Jacaré é do tipo que não se surpreende com nada, não se surpreendeu ao ver o velho que nunca entrou no mar (na nossa frente) entrando com uma prancha antiga. Também não se surpreendeu ao não vê-lo sair.
Durante alguns dias achamos que seu corpo fosse aparecer na praia, mas não apareceu.
Como eu era o único que o conhecia, fiquei com tudo que tinha em sua casa. Dei a maioria das coisas pra prefeitura. Eles dariam pra quem realmente precisasse. Fiquei com alguns móveis que achei interessantes como a mesa de madeira (que era tipo mesa de fazenda) e a grande estátua de pirata. Fiquei também com os galos e galinhas. Frango e despertador pra toda rapaziada. Só sobrou um que eu quis guardar como uma recordação viva do velho e que acabou virando meu despertador desregulado.
Engraçado, tenho me sentido mais adulto depois que conheci esse velho. Olho pra todos com mais cuidado, crianças, moças, velhos. Ruas, casas, árvores. Tenho vontade de viver coisas. Sinto que preciso viver amores e não me acostumar com nada. Tenho olhado mais para o mar, mas não chego a temê-lo. Pego minhas ondas numa boa, apesar de entender e acreditar na história do velho. Não importa. Na verdade, nada que eu disser agora vai ter alguma importância. A história que tinha importância era a do velho e essa já foi contada. Não sinto que tenha vivido algo suficientemente interessante pra ser contado, então encerro isso por aqui, apenas aproveitando pra reafirmar minha imensa vontade de amar, amar e amar.
Mas o galo está meio desregulado, talvez por estar longe do campo. Galo que vive fora do campo, com seus cheiros e cores (cores verdes de capim verde claro, cheiro de esterco de vaca e outras coisas mais que só o campo tem), fica meio louco. Por mais que more em um grande quintal, como o meu, ele fica meio louco. Ou talvez não seja verdade essa história de que os galos do campo cantem pontualmente às seis. Acredite, eu só fui ao campo uma vez quando era pequeno. Era a fazenda de algum amigo do meu pai. Sei lá, sei que como tudo pra mim lá era novidade, consigo lembrar de quase tudo que vi. Galinha d’angola, vaca, boi com e sem chifre, cavalos, bezerrinhos, potros, plantações de café, de cana de açúcar. Um carrapato grudou em mim, peguei um ovo de galinha na granja, tirei um pouco de leite da vaca, pesquei um lambari no rio, andei de trator (eu guiei!). Foi muito louco.
Mas volto para meu galo pirado. Ele veio aqui pra praia pintinho. O velho meu vizinho que o trouxe. Hoje ele é meu animal de estimação. Ele é o cachorro que não tenho.
Lembrei essas coisas ainda acordando, em processo de acordar, mais dormindo que acordado. Olhei o mar da minha varanda e nessa altura o sol já estava no céu e o mar já estava azul (mas porque o céu está azul, descobri recentemente que muito da cor do mar é reflexo do céu, além da coloração dada pelas algas). Já havia tomado banho e café da manhã (pão de forma com geléia de morango, copo cheio de leite com nescau, mamão com bastante açúcar e meia dúzia de uvas daquelas gordonas). Já estava com minha roupa de borracha e a prancha no meu braço direito. Mas não consegui me mover, lembrando do velho, meu vizinho. Fiquei algumas noites quase sem dormir lembrando a história do velho. Mas hoje dormi bem e como essa história não me veio à cabeça de madrugada, me veio agora de manhã. Melhor assim.
Concluí que talvez um modo de me livrar dessa história pra sempre é escrevendo-a. Perfeito. Como quero tocar minha vida e deixar essa história pra história, agora estou fazendo isso. Hoje não vou surfar. Nem trabalhar. Melhor assim, acho que amanhã vou surfar e trabalhar mais leve, sem o olhar vidrado com que estava devido às reverberações da história do velho vizinho. Pra recomeçar tudo volto a falar do galo que é uma das coisas que o velho deixou pra mim.
O galo muito louco, ontem, era um pintinho. Esse pintinho não veio pra praia sozinho, não, o vizinho trouxe com ele mais quarenta outros pintinhos. Mentira, quarenta com ele, então, ele e mais trinta e nove. O cara queria montar uma granja e, além dos quarenta pintinhos que virariam ou galo ou galinha (como fazer pra saber se um pinto é macho ou fêmea? Engraçado isso ao se falar de pinto, né?), trouxe sete galinhas e quatro galos.
Ninguém entendia o velho, meu vizinho, o dono da pequena granja que não deu certo. Em pouco tempo morreram os galos, as galinhas e metade dos pintinhos. Ou de morte natural, ou assassinados por algum vizinho filho da puta, ou assassinados pra virar churrasco, enfim, a granja sucumbiu. Ninguém entendia qual era a do velho, muito menos eu.
Engraçado, ele sempre foi velho pra minha geração. Quando nascemos ele já era velho e crescemos vendo-o velho. Todos sempre achamos esse velho esquisito, inclusive os surfistas amigos que vinham da cidade pegar onda por aqui.
Mas essa história que vou contar, e que foi capaz de me tirar o sono por muitas noites, me fez compreendê-lo profundamente.
Antes de contá-la, acho importante destacar que quando moleque, eu fui dos que mais zoou o velho. Eu quebrava os vidros de sua casa com pedras certeiras partindo do meu estilingue. Quando não matava pombas (odeio pombas), matava os vidros do velho. Também o xingava e saía correndo e mais de uma vez pichei o muro de sua casa. Acho que em todas pichei simplesmente VELHO.
Mas o tempo passou e, apesar do velho continuar velho, eu, de moleque, virei um cara, e um cara sempre em estado de alerta, tal como quem pega onda.
Eu sempre via o velho calado, sempre calado, olhando o mar. Ele adorava passar as tardes sentado na areia olhando o horizonte. Parecia não ter parentes. Sempre estava só.
Ele também nunca entrava no mar. Nem quando o sol estava forte demais. Ele só ficava olhando, olhando e olhando o mar, o horizonte.
Já crescidos continuamos a achar o velho esquisito ou no mínimo engraçado. Ríamos muito dele e dizíamos um para outro “olha lá, você amanhã” e nos ofendíamos com essa possibilidade. O velho era tudo que não queríamos pra nossas vidas.
Até que chegou o tempo do costume, chegou o tempo em que nem o víamos mais lá parado.
Isso tudo aconteceu bem antes do velho tentar montar a granja. Esse lance da granja aconteceu pouco tempo antes de ele morrer.
Antes da morte
Era uma terça-feira de sol quando conversei pela primeira vez com ele. Sentei ao seu lado não intencionalmente, mas porque onde ele ficava era um bom lugar de olhar o mar. Sempre é bom paquerar o mar antes de entrar nas suas possibilidades de onda.
Ao olhar para o lado e ver o velho lá parado, reparei que fazia tempo que não falávamos dele, fazia tempo não ríamos dele, fazia tempo que nem o olhávamos. Ele tinha virado uma coisa da praia, como os coqueiros pequenos, como a barraca do seu Jorge, como o poste de luz, como a grande lixeira, como a placa PERIGO, como o próprio mar. E ao vê-lo lá estático, senti que seria uma boa puxar assunto, logo mais a rapaziada chegaria e seria novidade pura contar como foi a conversa. Ninguém nunca tivera coragem nem vontade suficiente pra isso.
Nesse dia não fui surfar. Nesse dia ignorei os chamados dos amigos, aliás, pra quem se aproximava eu gritava cai fora, como faço pra afugentar as pombas. O velho, que pra mim sempre fora um velho sem vida, um velho acabado, quase um morto, quase um nada, agora era pra mim outra coisa, não sei dizer bem o que, outra coisa que não simbolizava simplesmente um fim.
Enquanto a rapaziada pegava belas ondas (com destaque para o Guanabara, que dropava todas), eu escutava atento o velho que falava, falava e falava, enquanto fixava o horizonte e olhava, olhava e olhava. Eu não olhava o horizonte, eu olhava a rapaziada nas ondas (a Lúcia Terra também tava dando show, poucos marmanjos tinham a alegria dela nas ondas).
Não precisei falar muita coisa pra ele desatar a falar, nem lembro bem o que falei, talvez “bom dia”, talvez “tá sol, né?”, talvez “e aí vizinho, como é que tá?”, sei lá, sei que logo depois de me olhar por uns quinze segundos ele começou a falar, não como um louco alucinado (como eu esperava), não, calmamente falou que eu tinha crescido e que tinha me visto surfar desde moleque e que hoje de todos os surfistas eu era o melhor. Disse que meu estilo de surfar era parecido com o dele quando surfava, e foi aí que não parou mais, talvez por necessitar contar sua história, talvez por perceber um ouvido querendo saber, entender, compreender. Ele, que não trocava idéia nem com o padeiro, agora me contava tudo. E do mar, entre uma onda e outra, todos me olhavam entre curiosos e irônicos.
Acho que se eu não surfasse tão bem como ele em sua época, ele não me escolheria para ser seu interlocutor, o interlocutor dessa sua história de amor que tanto me tirou o sono.
História capaz de me tirar o sono
Quando veio pra essa praia não existia nada, nem padaria, nem estrada, nem mercado. Nem mercado?, eu perguntei chocado. Nem mercado. Era um outro mundo e ele, filho de pais ricos, só queria saber de surfar. As pranchas eram bem diferentes dessas aí, disse ele apontando a minha sem olhá-la. Fiquei um pouco ofendido com o gesto.
Quando morava na cidade ele tinha outra vida, uma vida bem chata, ele tinha que se mostrar um rapaz educado, um filho responsável, o futuro da família. A única coisa que o interessava na cidade era ela. Ele só queria saber de ir pra praia surfar e amá-la. Ela era filha de pais amigos de seus pais. Ela era linda. O velho me descreveu de-ta-lha-da-men-te como ela era e não sei por que tive vontade de chorar. Ela era linda. Só pra pegar alguns exemplos dos encantos que o velho me contava, eu olhava as meninas zanzando de lá pra cá, de cá pra lá. Algumas me olhavam sorrindo, algumas me cumprimentavam, mas eu não queria travar relações convencionais com ninguém, eu apenas as olhava ouvindo atento as descrições do velho detalhista ao meu lado. Fixava as mulheres de forma fragmentada: tornozelo, bunda, costas, ventre, olhos, bochecha, nuca, boca, umbigo.
Ele mudou pra cá e olhando-a fundo nos olhos disse vem comigo. Ela desobedeceu os nãos de seus pais e veio morar com ele na casa da praia. Criou-se inclusive uma rixa familiar. Os pais dele passaram a apoiar sua decisão de viver na praia, só pra discordar da família dos pais dela. O velho apontou sem olhar (já que não tirava os olhos do mar) o hotel Brisa e disse que sua casa ficava mais ou menos ali. Ele tinha um carro do ano (o ano da época, sei lá qual era o carro do ano na época) e comprava tudo o que precisava na cidade ao lado, que na época já tinha o que precisava para viver.
Ele tinha duas boas pranchas e tinha ela. Era uma vitória, uma conquista, tudo que quis na vida, quase um fim, assim a vida já tinha sido efetuada, aquilo já era um “e viveram felizes para sempre”.
Passou um cara vendendo sanduíche natural e comprei dois. Pra mim de atum, pro velho de cenoura. Entreguei a ele sem perguntar se ele queria e ele comeu sem parar de contar sua história.
Ele surfava todos os dias e conversava muito com o mar, nesse momento o velho me olhou sorrindo e pela primeira vez olhei-o nos olhos. Olhos azuis que já eram cinzas. Quase opacos, mas apesar disso expressivos. Seu sorriso era sorrido pelos olhos. Disse que na época considerava o mar seu maior amigo e toda onda que pegava dedicava a ela.
Ela ficava pela praia e uma vez por dia nadava. Nadava muito bem. Nadava depois do lugar onde as ondas surgiam. Vê-la nadar era bom, talvez tão bom como surfar. Dessa vez eu sorri, achei o velho poético. Quem diria, esse velho, que ontem eu considerava uma múmia, agora quase me emocionava com suas frases poéticas.
O velho e sua bela amada se amavam dentro e fora desse mar. Esse mesmo mar que tanto me suaviza a vida, pensei e também me achei poético.
Eu não conseguia imaginar esse velho andando com uma bela mulher. Mas enquanto ele falava, falava e falava, lembrei que nem sempre ele foi velho. Um dia ele foi até jovem, jovem como eu, jovem como a bela. Ri mais uma vez ao pensar que, hoje, até a bela que ele descreveu não deveria ser tão bela assim. Mas afinal onde ela estava? Achei melhor parar de viajar e voltar a ouvi-lo, antes que eu perdesse o fio da meada.
Esse mar que ele considerava libertário, suave, paradisíaco, quase um céu, lugar de plenitude, vivência e até felicidade o traiu. Ele descobriu que tanto quanto ele, o mar a amava. O mar amava tê-la nadando em suas carnes, tanto quanto ele gostava de tê-la toda sua, seja com roupa, seja nua; sorrindo, seja acordada, seja dormindo; cansada, seja correndo, seja parada.
Ele pegava suas ondas e começou a sentir o mar violento, não lhe dando boas ondas, dando sim bons caldos, rancoroso, vingativo, invejoso. Quando ela entrava, o mar passava a ser só suavidade, marola, tranqüilidade na hora. Quando ele voltava a entrar, o mar voltava a ser bruto como um touro faminto. Indomável mar, ondas torpes, nada pra surfar.
Chegou até a falar mal do mar pra ela, mas ela nada pôde fazer a não ser rir do que julgava ser um mau humor. De noite, quando ela dormia, ele andava pela praia e olhava o mar na escuridão. Sentia medo e feito criança voltava pra perto dela. Chegou a pensar que estava enlouquecendo.
Mas quando o dia nascia, ele logo corria pra prancha sorrindo, mas logo se desiludindo ao olhar o raivoso mar, com seu olhar tenebroso.
Ele não mais o queria por lá. Ele o mar e ele o velho. Não se queriam mais. Na verdade os dois queriam uma única coisa: ela. E ela queria os dois, tal como ele, o velho, os quis tanto. O mar apaixonado é insaciável, irresistível e tentador. O mar, um grande sedutor, a trazia para suas pós-ondas. O que dizer? Não vá? O mar te quer pra ele? Tenho ciúmes do mar? A única vez que falou isso a fez rir da sua cara, então nada mais pôde fazer a não ser não mais surfar e passar as tardes na areia agoniado vendo-a nadar.
Ela não entendia suas razões, também ficava agoniada ao não o ver surfar e ele, só pra disfarçar, se fingiu de machucado, andava mancado e dizia foi culpa do mar. Ela lhe fazia curativos, dizia vai passar e corria pra nadar. Os olhos azuis do velho brilhavam ciumentos e odiavam os sorrisos desse mar desgraçado.
Pedi para o velho uma raspadinha de groselha sabor uva e pra mim de morango. Não o consultei sobre o sabor mas ele não reclamou e nem parou de falar ao abrir a mão pra receber o copinho. Disse para o João das raspadinhas que depois pagava e ele me disse sorrindo olha lá, hein?
Quanto mais o tempo passava, mais ele a amava e agora ela era sua única alegria, ela era seu oceano, sua descoberta, seu mundo. O amor que dedicava ao mar estava concentrado agora nela, nas suas formas, no seu silêncio, no seu todo. E ela dizia que ele era seu poeta, sua prancha, seu destino.
Chorei, cara! O velho que era aquela coisa acabada tinha vivido tudo isso? Não imaginava. Tentei lembrar se já tinha vivido algo assim e o invejei. Eu com inveja dele, daquele velho que era e sempre foi meu anti-exemplo e meu anti-ideal de vida. Aquele símbolo, rótulo ou marca que tinha colocado nele, que sempre retomava quando o olhava, agora se dissolvia tal minhas lágrimas que rolavam lentamente. O velho estava inspirado e continuava falando, falando e falando sem me olhar, mas cada passagem, cada frase e cada palavra ele dirigia a mim com o cuidado de quem desenterra um tesouro.
Chegou o dia em que não agüentou mais dividi-la com o mar. Estava paranóico, demente e revoltado. O mar parecia lhe perseguir e ele não ousava dizer tais coisas pra ela. Apenas não surfava mais. Via belas ondas, perfeitas, mas quando ameaçava pegar a prancha, logo o mar ficava bruto e perigoso. Por outro lado, sempre que ela ia nadar ele amansava tal animal de estimação. Pra mim um animal criminoso.
Estavam os dois sentados na areia depois de ela nadar e ele quase morrer de ciúmes. Ela de olhos fechados tomava seu sol. Ele olhava o mar expressando o quanto o odiava. O mar parecia gargalhar, com ondas mansas mas barulhentas. Ele disse pra ela que deveriam ir pra cidade. Voltar pra terra deles. A praia era só um estágio, uma fase, um começo. Ela chocada abriu os olhos e sentou pra olhá-lo melhor. Ele disse que chegava a hora de assumirem uma vida juntos na cidade, estudar e construir suas vidas, juntos, sem dependência dos pais. Os olhos dela brilharam de admiração. Ela o beijou e disse que não via a hora de ele tomar essa decisão. O velho ficou espantado com a própria idéia. Nunca tinha lhe passado pela cabeça construir uma vida na cidade, mas por ela faria isso. Quando levantaram pra arrumar as coisas, juntar os trapos, ele olhou para o mar sorrindo, entre vingado e irônico, e viu uma imensa onda estourando raivosa e inofensiva.
Na manhã seguinte já estava tudo arrumado no carro, a casa já estava em ordem e ele já pensava na longa estrada que teriam que encarar, quando ela decidiu dar um último mergulho. O velho olhou para o mar que estava de um verde brilhante e gritou não. Ela se assustou e disse que queria muito. Ele voltou a olhar o mar e percebeu que agora era ele que sorria sorriso irônico e vingativo. Pediu pra ela não fazer isso e ela lhe perguntou se ele a escutava quando ela dizia pra ele não surfar. Ele dizia que iria e ponto. O velho tentou convencê-la dizendo que fazia tempo que não surfava e ela disse que era só porque estava machucado.
Acho que eu tremia escutando as narrativas do velho. Estava sol, um belo sol, e eu tremia. Eu também agora olhava o mar e via, em seu modo de quebrar na praia, cada uma das expressões que o velho dizia que o mar tinha.
Ficou na praia olhando-a nadar e viu desesperado o mar bruscamente ficando agitado. Ondas gigantes começaram e não pararam mais. Quando pensou na possibilidade de entrar no mar pra ver se ela estava bem, ouviu um grito fino e desesperado dela e se precipitou para a água. Tentou, tentou e tentou. Nada. As ondas não o deixavam alcançá-la e seu desespero era tanto que logo perdeu o fôlego e desmaiou. O mar fez a generosidade de lhe jogar na praia.
Acordou logo mas não pôde mais fazer nada. Ela sumira e o mar voltara a ficar calmo. Calmo até demais. Nem um último olhar dela ganhou. Nem um último beijo. Só um grito desesperado e inconsciente.
O velho ficou algum tempo no mesmo lugar em que estava parado olhando o horizonte. Perguntei quanto tempo e ele falou talvez horas, talvez dias, talvez semanas. Mas olhava o mar sem raiva, sem revolta, sem ciúmes, apenas dor. Uma dor inexplicável. Dor.
Tentava até encontrar no mar alguma daquelas tantas expressões que ele tinha exibido deixando-o louco de raiva, mas nada viu. Tentou ver seu sorriso vencedor e só viu o mar normal: belo e neutro. Tentou ver uma alegria fora do comum pelo fato de ele ser agora dono dela pra sempre e nada viu. O mar estava como sempre fora antes de conhecê-la.
O tempo foi passando e diariamente passou a olhar o mar. A dor foi se dissolvendo. Mas durou muito tempo. Seus pais mandaram um funcionário cuidar dele. Achavam que ele estava louco. De certa forma estava mesmo. Estava louco de saudades dela. Sentia-se como um afogado, sem ar, desamparado, no mar.
Muito tempo se passou e me tornei velho, disse o velho. Muita coisa aconteceu em sua vida até isso acontecer. Mas nada que tivesse alguma relevância, nada que merecesse ser contado pra mim, disse olhando-me mais uma vez. Eu estava petrificado. Tinha mil perguntas a fazer pra ele mas nada saiu da minha boca. Acho que eu estava conseguindo entender um ínfimo do que ele tinha sofrido. Mais do que entender o velho, eu parecia compreender um pouco mais uma série de coisas.
Nos dias seguintes fui à sua casa e ele me contou algumas outras coisas. Falou sobre o tempo em que saiu da praia e foi tentar administrar uma fazenda do pai. Ficou anos na fazenda. Mas sabia que seu lugar era lá, na praia, naquela praia, naquela praia em que tinha vivido toda uma vida com ela. E com o mar.
Na casa do velho tinham várias coisas da fazenda que um irmão, com quem não se dava bem, administrava.
E por falar de mim, volto ao começo...
Em uma certa tarde, ouvi o cantar de um galo e como vi que vinha da casa do velho, fui lá ver o que se passava. Com saudade da fazenda, o velho comprou os pintinhos e galinhas e galos em uma feira na cidade ao lado. Achei engraçado isso, mas fiquei meio incomodado com o barulho dos galos. Meio desregulados alguns cantavam até de madrugada. Mas como já disse, essa granja se dissolveu rápido, sobrando apenas alguns pintinhos.
Não demorou muito para os pintinhos virarem galos, tal como não demoraria para o velho morrer.
Dia sim, dia não, eu pregava minha prancha na areia e escutava suas palavras. Acho que quase nunca eu chegava a completar alguma frase pra ele. Ele queria falar e eu queria ouvir. Era essa a nossa relação. Ele me dizia que não sentia mais dor ao olhar o mar, o tempo dissolve tudo, dores, alegrias, traumas, fantasias.
Ele estava viciado no mar. Olhava, olhava e olhava. Só isso. Não esperava nada. Gostava também de olhar o mar e me ver surfar. Nos dias em que surfei depois de ouvir isso, arrebentei. Fiz inveja até ao Marciano, que considero o melhor surfista da região.
Um dia antes de morrer, o velho me disse que finalmente tinha visto um sinal do mar. Um sorriso, um sorriso fundo, o mar tinha sorrido pra ele. Eu perguntei ingênuo, mas o senhor não tinha dito que não esperava nada do mar? E ele sorrindo sorriso fundo disse que mentiu pra mim, disse que na verdade esperava um sinal qualquer. Uma expressão, uma dica, um pedido de perdão. Notícias da mulher amada. E naquele dia o mar tinha sorrido pra ele. Foi como um aceno. Aí eu fui surfar pensativo e nunca mais o vi.
O Jacaré, que tem uma barraca de caipirinha na praia, disse que o viu entrando no mar pouco antes do sol nascer com uma prancha da idade da pedra debaixo do braço. Mas como Jacaré é do tipo que não se surpreende com nada, não se surpreendeu ao ver o velho que nunca entrou no mar (na nossa frente) entrando com uma prancha antiga. Também não se surpreendeu ao não vê-lo sair.
Durante alguns dias achamos que seu corpo fosse aparecer na praia, mas não apareceu.
Como eu era o único que o conhecia, fiquei com tudo que tinha em sua casa. Dei a maioria das coisas pra prefeitura. Eles dariam pra quem realmente precisasse. Fiquei com alguns móveis que achei interessantes como a mesa de madeira (que era tipo mesa de fazenda) e a grande estátua de pirata. Fiquei também com os galos e galinhas. Frango e despertador pra toda rapaziada. Só sobrou um que eu quis guardar como uma recordação viva do velho e que acabou virando meu despertador desregulado.
Engraçado, tenho me sentido mais adulto depois que conheci esse velho. Olho pra todos com mais cuidado, crianças, moças, velhos. Ruas, casas, árvores. Tenho vontade de viver coisas. Sinto que preciso viver amores e não me acostumar com nada. Tenho olhado mais para o mar, mas não chego a temê-lo. Pego minhas ondas numa boa, apesar de entender e acreditar na história do velho. Não importa. Na verdade, nada que eu disser agora vai ter alguma importância. A história que tinha importância era a do velho e essa já foi contada. Não sinto que tenha vivido algo suficientemente interessante pra ser contado, então encerro isso por aqui, apenas aproveitando pra reafirmar minha imensa vontade de amar, amar e amar.
(Conto de Vinícius Piedade- livro: Essas mulheres que me causam Vertigens)
segunda-feira, 28 de abril de 2008
Inscrição
Sou entre flor e nuvem,estrela e mar.Por que havemos de ser unicamente humanos,limitados em chorar?Não encontro caminhos fáceis de andar Meu rosto vário desorienta as firmes pedras que não sabem de água e de ar E por isso levito.É bom deixarum pouco de ternura e encanto indiferentede herança,em cada lugar.Rastro de flor e estrela,nuvem e mar.Meu destino é mais longe e meu passo mais rápido:a sombra é que vai devagar.
(Cecília Meireles)
Tem dias que a gente se sente
Como quem partiu ou morreu
A gente estancou de repente
Ou foi o mundo então que cresceu...
A gente quer ter voz ativa
No nosso destino mandar
Mas eis que chega a roda viva
E carrega o destino prá lá ...
Roda mundo, roda gigante
Roda moinho, roda pião
O tempo rodou num instanteNas voltas do meu coração...
A gente vai contra a corrente
Até não poder resistir
Na volta do barco é que sente
O quanto deixou de cumprir
Faz tempo que a gente cultiva
A mais linda roseira que há
Mas eis que chega a roda viva
E carrega a roseira prá lá...
Roda mundo, roda gigante
Roda moinho, roda pião
O tempo rodou num instante
Nas voltas do meu coração...
A roda da saia mulata
Não quer mais rodar não senhor
Não posso fazer serenata
A roda de samba acabou...
A gente toma a iniciativa
Viola na rua a cantar
Mas eis que chega a roda viva
E carrega a viola prá lá...
Roda mundo, roda gigante
Roda moinho, roda pião
O tempo rodou num instante
Nas voltas do meu coração...
O samba, a viola, a roseira
Que um dia a fogueira queimou
Foi tudo ilusão passageira
Que a brisa primeira levou...
No peito a saudade cativa
Faz força pro tempo parar
Mas eis que chega a roda viva
E carrega a saudade prá lá ...
Roda mundo, roda gigante
Roda moinho, roda pião
O tempo rodou num instante
Nas rodas do meu coração
( Chico Buarque)
sexta-feira, 4 de janeiro de 2008
“A malabarista brilha sob a lona. Seu sorriso-encantado vai colhendo aplausos por toda parte. Seu vestido colorido-vivo guarda em si a menina e a moça que dialogam dentro dela. A menina gargalhando expressões em timidez e travessura. A moça equilibrando malabares em gracejo e poesia. E a malabarista entra em cena temperando uma e outra no jeito de andar, de olhar, de chegar. E assim se faz estrela na sua certeza e na contradição. Seu corpo baila solto acompanhando a direção dos holofotes da canção verso a verso. No apagar das luzes, no fechar das cortinas, ela retira a maquiagem e se recompõe dentro de uma calça jeans e uma básica preta. E assim volta ao seu verdadeiro disfarce. Sai vagando pela cidade, cumprindo tarefas, obedecendo os movimentos urbanos e fingindo um meio-sorriso. Se guia pelo horóscopo da semana na certeza de que, cedo ou tarde, as luzes se acenderão novamente sobre seus malabares trazendo de volta a menina e a moça engarrafadas dentro dela.” O Teatro Mágico
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